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Itaú reduz provisão contra calote, e lucro avança 41% no 4º tri
TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL
Segundo maior banco brasileiro, o Itaú Unibanco conseguiu manter o lucro em 2010,
apesar de um resultado considerado fraco no crédito, principal negócio bancário -a carteira de empréstimos cresceu só
2,4%. O banco encerrou 2009
com lucro líquido de R$ 10,067
bilhões, resultado praticamente estável em relação aos R$
10,004 bilhões do ano anterior.
Assumidamente conservador, o Itaú Unibanco constituiu
reservas para lidar com a inadimplência da clientela da ordem de R$ 24 bilhões -suficiente para cobrir 174% das
perdas, nas regras do BC.
Em 2009, as despesas para a
formação dessas provisões saltaram 45,3% -de R$ 11,286 bilhões para R$ 16,399 bilhões.
Com a redução na inadimplência de 5,9% para 5,6%, do
terceiro para o quarto trimestre, o banco diminuiu essas
despesas em R$ 652 milhões. O
resultado foi um lucro maior,
de R$ 3,213 bilhões no quarto
trimestre -41% superior ao do
trimestre anterior.
"Estávamos preparados para
uma crise muito maior do que
veio. Somos brasileiros e vivemos muitas situações de crise
no passado. É sempre bom poder operar com prudência",
disse Silvio de Carvalho, diretor financeiro do banco.
A rentabilidade do banco,
que mede o retorno para o acionista e costuma ser comparada
com os juros básicos, estreitou
de 24,8% para 22,3%.
Para manter a rentabilidade
alta, o banco apostou também
nos ganhos com as operações
de tesouraria (títulos e ações),
serviços bancários, seguros e,
no último trimestre, com a nova aceleração na concessão de
empréstimos. Do terceiro para
o quarto trimestre, a carteira de
crédito já havia saltado 3,6%
(ritmo anual de 15,2%), contrastando com o desempenho
de janeiro a setembro, quando
o total de crédito encolhera
1,1%. Para 2010, o banco espera
um crescimento de 20%.
Só a tesouraria e as operações com o mercado contribuíram com R$ 5,6 bilhões no ano
passado -159% mais do que
em 2008. O setor de seguros e
previdência trouxe R$ 5,6 bilhões (alta de 5,8%).
As receitas de serviços e tarifas somaram R$ 15,2 bilhões
-1,4% menos do que em 2008,
sob impacto da queda de 20%
nas tarifas pagas pelos correntistas. As receitas com tarifa de
cartões subiram 7%.
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