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COMÉRCIO
Seixas Corrêa diz que será eleito
Brasileiro se diz otimista sobre a eleição na OMC
FABIANO MAISONNAVE
DE WASHINGTON
O postulante brasileiro ao cargo
de diretor-geral da Organização
Mundial do Comércio (OMC), o
embaixador Luiz Felipe de Seixas
Corrêa, disse ontem que "será o
candidato eleito", mas admitiu
que a candidatura uruguaia "indica que não há convergência" entre os países do Mercosul.
"Eu vou ser o candidato eleito,
portanto não vou sair [da disputa]. Estou nesse processo para ganhar", afirmou Seixas Corrêa, em
entrevista coletiva na Embaixada
do Brasil em Washington.
Segundo ele, o otimismo é decorrência das consultas a vários
países-membros -atualmente,
148. Ele, no entanto, se recusou a
citar os países que o apóiam.
Seixas Corrêa está em campanha nos EUA. O processo de seleção, que começa em abril e dura
dois meses, tem outros três candidatos: o ex-comissário de Comércio da União Européia Pascal
Lamy (francês), o ex-presidente
do Conselho Geral da OMC Carlos Pérez del Castillo (uruguaio) e
o ministro de Comércio Exterior
de Maurício, Jaya Cuttaree.
Não há uma eleição. O novo diretor-geral será escolhido por
meio de consultas por país a serem feitas pela presidência do
Conselho Geral da OMC até a indicação de um nome consensual.
O brasileiro disse que a candidatura dupla do bloco sul-americano "é uma manifestação... da
capacidade do Mercosul de indicar candidatos fortes".
Seixas Corrêa afirmou que a
força da candidatura brasileira está no "comércio muito equilibrado", com o fluxo dividido em partes praticamente iguais entre
EUA, América Latina, Europa e
Ásia/África. Também disse que a
"a diversificação econômica" da
pauta de exportações brasileiras
ajuda a sua candidatura.
Um analista econômico de
Washington que acompanha o
processo diz que as candidaturas
mais fortes são de Lamy e Pérez
del Castillo. "Ele parece ser o candidato mais forte da América Latina. Se os países em desenvolvimento quiserem um candidato
próprio, Pérez del Castillo tem
mais chances", disse, sob a condição de anonimato.
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