DA SUCURSAL DO RIO

Depois de registrar quedas seguidas desde dezembro de 2002, a inflação medida pelo IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) voltou a subir em março. A taxa ficou em 1,66% -0,07 ponto percentual maior do que os 1,59% de fevereiro. Nos últimos 12 meses, o índice, que reajusta as tarifas de telefonia, acumula alta de 32,75%.
A principal razão para a nova aceleração é o aumento dos produtos industriais no atacado. Esse item passou de 1,91% em fevereiro para 2,56% em março, puxado por combustíveis industriais, plásticos, latas para embalagens, entre outros. O resultado fez o IPA (Índice de Preços por Atacado) saltar de 1,71% em fevereiro, para 1,93% em março, interrompendo trajetória de redução.
Já os produtos agrícolas ao produtor caíram -de 1,20% para 0,32%. Foi reflexo da queda do preço de produtos como soja, café e milho. O recuo só não foi maior por causa das altas de alguns tipos de legumes e verduras. O tomate aumentou 59,15% no atacado em razão da quebra de safra.
Para Salomão Quadros, economista da FGV, a alta da inflação não representa uma tendência. É apenas um "soluço" causado por repasses de antigas pressões de custos e pela tentativa de recompor margens, sobretudo no setor industrial. O movimento, afirma, não deve se sustentar porque a demanda está desaquecida.
No varejo, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) ficou em 1,06% em março -menor do que em fevereiro (1,37%).


Texto Anterior: Inadimplência é "desagradável", afirma Lessa
Próximo Texto: Comércio exterior: Furlan anuncia crédito a exportador
Índice