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AVIAÇÃO
Capitalização da empresa deverá contar com emissão de até US$ 200 mi em ações; família Rolim quer manter comando
TAM planeja atrair sócios estrangeiros
DA REPORTAGEM LOCAL
A TAM planeja fazer uma emissão de ações preferenciais para
tentar atrair sócios estrangeiros
ou nacionais para a empresa. Os
valores devem variar de US$ 150
milhões a US$ 200 milhões, apurou a Folha, e não devem superar
esse montante, pois o atual controlador da empresa, a família Rolim, não quer perder o controle
acionário do grupo com a entrada
de um possível interessado.
Esse projeto de capitalização foi
discutido na última reunião do
Conselho de Administração da
companhia, em março, e apresentado pela direção do grupo aos
conselheiros. Ainda é necessário,
no entanto, definir qual será o
banco responsável pela operação
no país e, com isso, determinar o
valor dela. Na expectativa da empresa, esse processo de emissão
de papéis deve ser finalizado dentro de um ano no máximo, informou ontem a TAM.
A empresa não confirmou uma
informação da agência "Bloomberg", publicada na quarta-feira,
a respeito de uma estratégia do
grupo de vender 20% das ações
em troca da entrada de um sócio.
No início de março, o presidente do grupo, Marco Bologna, havia dito que até abril pretendia encaminhar ao conselho esse projeto de capitalização, mas que isso
dependia, em parte, da demanda
no mercado por papéis de empresas de países emergentes.
Enquanto se discute essa questão, o plano de fusão da empresa
com a Varig parou. As companhias devem apenas criar uma
terceira empresa parar gerir o
compartilhamento de vôos.
Na prática, esse plano de capitalização estava sendo traçado pela
direção do grupo em 2001, quando Rolim Amaro ainda ocupava a
cadeira de presidente do grupo.
Com a morte do executivo e as seguidas mudanças na direção da
TAM, o assunto perdeu prioridade. Os ataques terroristas de 11 de
setembro também tiveram forte
peso nessa decisão.
A recessão que atingiu as empresas aéreas descartou planos de
novas parcerias e investimentos.
A questão volta à ordem do dia
neste ano: a TAM acredita que o
mercado aéreo de viagens domésticas sofrerá expansão de 7% sobre 2003. Com os recursos que entrarem no caixa da empresa por
conta dessa emissão de papéis, a
TAM pretende fazer investimentos em pessoal e em tecnologia.
A TAM voltou a operar no azul,
ao obter um lucro de R$ 174 milhões em 2003. Em 2002, o prejuízo atingiu R$ 605,7 milhões.
(ADRIANA MATTOS)
Com agências internacionais
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