DA REPORTAGEM LOCAL

"Política industrial é uma coisa. Política de emprego é outra", afirma Alessandro Teixeira, coordenador da política industrial do governo federal. "O objetivo principal da política industrial é a modernização das fábricas e o desenvolvimento tecnológico. A criação de emprego é conseqüência."
Apesar de o foco principal da política industrial anunciada pelo governo não ser a geração de emprego, diz, os investimentos que serão feitos pelas indústrias devem resultar na criação de postos de trabalho. "Investimentos elevam o número de empregos, mesmo em setores de capital intensivo", diz Teixeira. Para ele, "não há nação que consiga criar vagas no curto prazo".
Para escolher os quatro setores -software, microeletrônica, fármacos e bens de capital-, o governo levou em conta principalmente o potencial de crescimento dessas indústrias no país e no exterior. "O Brasil, por exemplo, é um dos líderes mundiais na criação de softwares, especialmente no setor de jogos eletrônicos."
A demanda mundial desses quatro setores, diz Teixeira, cresce cerca de 4% ao ano. "O Brasil tem condição de aumentar a produção e a sua participação no mercado mundial", afirma.
Segundo ele, a política industrial do governo Lula não vai se restringir a esses quatro setores. "Estamos trabalhando com outros setores nos fóruns de competitividade. A política industrial não veio de cima para baixo, foi construída com o setor privado." (FF e CR)

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