São Paulo, terça-feira, 10 de abril de 2007

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Foco

Conselho vai investigar se presidente do Bird favorece a namorada

DO ENVIADO ESPECIAL A WASHINGTON

Além das críticas contra o FMI, o Banco Mundial (Bird) também se tornou alvo de controvérsia na atual reunião conjunta por conta das suspeitas de favorecimento a uma funcionária do banco que namora o presidente do órgão, Paul Wolfowitz.
Ele é um dos arquitetos da atual campanha militar no Iraque e tem como principal bandeira à frente do Bird o "combate à corrupção".
Um conselho formado por representantes dos países-membros do Bird decidiu investigar se a promoção da funcionária Shaha Riza, namorada de Wolfowitz, violou as regras da instituição.
Ontem, Wolfowitz enviou e-mail a funcionários do banco dizendo que vai garantir que o conselho tenha acesso aos fatos relacionados ao caso. Mas, diz ele, "de um modo que também sejam respeitadas as regras do banco sobre o direito de cada funcionário ao sigilo de suas gravações".
Na semana passada, a associação de empregados do banco questionou a promoção de Riza. Ela foi indicada a uma vaga no Departamento de Estado em 2005, depois que Wolfowitz assumiu o cargo. A transferência foi recomendada pelo conselho de ética do Bird, já que tornou-se público que os dois, divorciados, namoravam.
Ela trabalhou no banco por oito anos e era conselheira sênior no Departamento para o Oriente Médio, quando foi transferida ao Departamento de Estado. Mas continuou na folha de pagamentos do Bird.
A associação de funcionários diz que antes de ser designada para o Departamento de Estado, Riza foi promovida a uma posição mais alta que deveria ter sido definida por concorrência e aprovada pelo conselho do banco.
A associação diz ainda que ela teve aumento salarial equivalente a mais do que o dobro do permitido pelo regulamento.
Riza ganha agora US$ 193 mil por ano, livre de impostos, US$ 7.000 a mais do que a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice. (FCZ)


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