São Paulo, sexta-feira, 10 de abril de 2009

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Déficit dos EUA é o menor em dez anos

Aumento de exportações e queda de importações reduzem saldo negativo, surpreendendo analistas

DA REDAÇÃO

O déficit comercial dos Estados Unidos caiu em fevereiro para seu menor nível em quase dez anos, puxado por um leve avanço nas exportações e pela sétima queda mensal das importações, por conta do esfriamento da economia do país devido à crise global.
De acordo com o Departamento de Comércio dos EUA, o déficit teve queda de 28,3% e fechou em US$ 25,97 bilhões em fevereiro. O resultado foi visto como um dado positivo em meio às más notícias que cercam a economia do país nos últimos meses.
Bens de consumo, como carros, produtos farmacêuticos, alimentos e bebidas levaram a uma alta de 1,6% nas exportações, a primeira em seis meses, o que foi interpretado por analistas como um indicativo de melhora no cenário econômico. Por outro lado, o recuo de 5,1% nas importações, ocasionado pela redução na demanda por bens de capital e insumos industriais, mostra diminuição de atividade.
O resultado da balança comercial surpreendeu analistas, que contavam com um ligeiro aumento no saldo negativo. "A situação está ruim, mas menos pior do que antes, o que é bom, considerando o atual cenário", disse Sal Guatieri, economista da BMO Capital Markets.
Mas as exportações não devem se manter em alta, segundo o economista-chefe da Standard & Poor's em Nova York, David Wyss. "O impulso nas exportações será temporário porque ainda enfrentamos o fato de que o dólar está mais forte do que antes e o mundo está mais fraco do que costumava estar", afirmou.
No corte por países, o déficit comercial dos EUA com a China caiu 31%, para US$ 18,9 bilhões em fevereiro. Já com o Japão, o saldo negativo foi de US$ 2,2 bilhões, o menor patamar desde dezembro de 1984. O déficit com o Canadá, maior parceiro comercial dos Estados Unidos, caiu para US$ 1,82 bilhão, o menor nível desde dezembro de 1998.


Com agências internacionais


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