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Déficit dos EUA é o menor em dez anos
Aumento de exportações e queda de importações reduzem saldo negativo, surpreendendo analistas
DA REDAÇÃO
O déficit comercial dos Estados Unidos caiu em fevereiro
para seu menor nível em quase
dez anos, puxado por um leve
avanço nas exportações e pela
sétima queda mensal das importações, por conta do esfriamento da economia do país devido à crise global.
De acordo com o Departamento de Comércio dos EUA, o
déficit teve queda de 28,3% e
fechou em US$ 25,97 bilhões
em fevereiro. O resultado foi
visto como um dado positivo
em meio às más notícias que
cercam a economia do país nos
últimos meses.
Bens de consumo, como carros, produtos farmacêuticos,
alimentos e bebidas levaram a
uma alta de 1,6% nas exportações, a primeira em seis meses,
o que foi interpretado por analistas como um indicativo de
melhora no cenário econômico. Por outro lado, o recuo de
5,1% nas importações, ocasionado pela redução na demanda
por bens de capital e insumos
industriais, mostra diminuição
de atividade.
O resultado da balança comercial surpreendeu analistas,
que contavam com um ligeiro
aumento no saldo negativo. "A
situação está ruim, mas menos
pior do que antes, o que é bom,
considerando o atual cenário",
disse Sal Guatieri, economista
da BMO Capital Markets.
Mas as exportações não devem se manter em alta, segundo o economista-chefe da Standard & Poor's em Nova York,
David Wyss. "O impulso nas exportações será temporário porque ainda enfrentamos o fato
de que o dólar está mais forte
do que antes e o mundo está
mais fraco do que costumava
estar", afirmou.
No corte por países, o déficit
comercial dos EUA com a China caiu 31%, para US$ 18,9 bilhões em fevereiro. Já com o
Japão, o saldo negativo foi de
US$ 2,2 bilhões, o menor patamar desde dezembro de 1984. O
déficit com o Canadá, maior
parceiro comercial dos Estados
Unidos, caiu para US$ 1,82 bilhão, o menor nível desde dezembro de 1998.
Com agências internacionais
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