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Com ajuda do BC dos EUA, Bovespa vai a novo patamar
Mercado acionário de SP sobe 2% e alcança 51.300 pontos, nível recorde
Fed não traz surpresa e ajuda mercado; BC do Brasil faz intervenção branda e o dólar cai a R$ 2,018, menor cotação desde 2001
DA REPORTAGEM LOCAL
Os mercados financeiros tiveram um dia de importantes
ganhos pelo mundo. A Bolsa de
Valores de São Paulo foi uma
das que fecharam em seu mais
elevado patamar histórico, ao
subir 2,03% e alcançar os
51.300 pontos.
O dólar recuou 0,24% diante
do real e caiu a sua mais baixa
cotação desde fevereiro de
2001 -fechou vendido a R$
2,018. O Banco Central não deixou de realizar leilão para comprar dólares das instituições financeiras. Mas, com uma atuação menos intensa, não evitou
o recuo da cotação da moeda
norte-americana.
A reunião do Fed (o banco
central dos EUA) foi o evento
acompanhado com maior interesse ontem. O comitê de mercado aberto do Fed decidiu
manter os juros básicos em
5,25% anuais e, após seu encontro, emitiu um comunicado
de tom brando e repetitivo (leia
texto nesta página). Com isso,
os investidores focaram suas
atenções nos balanços corporativos. E o mercado não encontrou empecilhos para subir.
Em Wall Street, o índice Dow
Jones foi a novo nível recorde,
após registrar alta de 0,40% e
terminar seu pregão computando 13.362 pontos.
A pontuação das Bolsas representa o valor de mercado
das companhias listadas em
seus pregões. Quando essa pontuação atinge um patamar recorde, mostra que nunca antes
as empresas negociadas na Bolsa valeram tanto.
Essa forte valorização que o
mercado acionário mundial
tem vivido faz com que os analistas recomendem cautela aos
investidores. Isso porque crescem as chances de haver realizações de lucros -vendas de
ações para embolsar ganhos
acumulados.
"O monitoramento do mercado externo deve ser permanente. A preocupação com a
combinação de Bolsas mundiais perto de máximas históricas e desequilíbrio entre inflação e atividade nos EUA continua preocupando bastante",
disse a Modal Asset, em relatório de Alexandre Póvoa.
A Bolsa de Xangai foi outra
que alcançou nível inédito, ao
subir 1,56% (leia ao lado). Dentre os latinos, houve altas fortes
no México (1,42%), no Chile
(1,25%) e na Argentina (1,10%).
A Bovespa se beneficiou ontem de fortes valorizações registradas pelas ações do setor
bancário. Os principais bancos
privados do país divulgaram
nos últimos dias seus resultados do primeiro trimestre e
mostraram crescimentos expressivos em seus lucros.
A ação unit do Unibanco foi a
que mais subiu dentre os papéis do índice Ibovespa -que
reúne as 60 ações de maior liquidez da Bolsa paulista-,
marcando alta de 5,69%.
Logo atrás apareceram as
ações preferencias do Bradesco
(5% de valorização) e as do Itaú
(2,73%). Outro destaque foram
as ações da Vale do Rio Doce,
que subiram 4,33% (ON) e
4,27% (PNA).
O volume financeiro movimentado na Bovespa ontem superou a média diária do ano em
cerca de R$ 1 bilhão, alcançando os R$ 4,8 bilhões.
(FABRICIO VIEIRA)
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