São Paulo, quinta-feira, 10 de maio de 2007

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Com ajuda do BC dos EUA, Bovespa vai a novo patamar

Mercado acionário de SP sobe 2% e alcança 51.300 pontos, nível recorde

Fed não traz surpresa e ajuda mercado; BC do Brasil faz intervenção branda e o dólar cai a R$ 2,018, menor cotação desde 2001


DA REPORTAGEM LOCAL

Os mercados financeiros tiveram um dia de importantes ganhos pelo mundo. A Bolsa de Valores de São Paulo foi uma das que fecharam em seu mais elevado patamar histórico, ao subir 2,03% e alcançar os 51.300 pontos.
O dólar recuou 0,24% diante do real e caiu a sua mais baixa cotação desde fevereiro de 2001 -fechou vendido a R$ 2,018. O Banco Central não deixou de realizar leilão para comprar dólares das instituições financeiras. Mas, com uma atuação menos intensa, não evitou o recuo da cotação da moeda norte-americana.
A reunião do Fed (o banco central dos EUA) foi o evento acompanhado com maior interesse ontem. O comitê de mercado aberto do Fed decidiu manter os juros básicos em 5,25% anuais e, após seu encontro, emitiu um comunicado de tom brando e repetitivo (leia texto nesta página). Com isso, os investidores focaram suas atenções nos balanços corporativos. E o mercado não encontrou empecilhos para subir.
Em Wall Street, o índice Dow Jones foi a novo nível recorde, após registrar alta de 0,40% e terminar seu pregão computando 13.362 pontos.
A pontuação das Bolsas representa o valor de mercado das companhias listadas em seus pregões. Quando essa pontuação atinge um patamar recorde, mostra que nunca antes as empresas negociadas na Bolsa valeram tanto.
Essa forte valorização que o mercado acionário mundial tem vivido faz com que os analistas recomendem cautela aos investidores. Isso porque crescem as chances de haver realizações de lucros -vendas de ações para embolsar ganhos acumulados.
"O monitoramento do mercado externo deve ser permanente. A preocupação com a combinação de Bolsas mundiais perto de máximas históricas e desequilíbrio entre inflação e atividade nos EUA continua preocupando bastante", disse a Modal Asset, em relatório de Alexandre Póvoa.
A Bolsa de Xangai foi outra que alcançou nível inédito, ao subir 1,56% (leia ao lado). Dentre os latinos, houve altas fortes no México (1,42%), no Chile (1,25%) e na Argentina (1,10%).
A Bovespa se beneficiou ontem de fortes valorizações registradas pelas ações do setor bancário. Os principais bancos privados do país divulgaram nos últimos dias seus resultados do primeiro trimestre e mostraram crescimentos expressivos em seus lucros.
A ação unit do Unibanco foi a que mais subiu dentre os papéis do índice Ibovespa -que reúne as 60 ações de maior liquidez da Bolsa paulista-, marcando alta de 5,69%.
Logo atrás apareceram as ações preferencias do Bradesco (5% de valorização) e as do Itaú (2,73%). Outro destaque foram as ações da Vale do Rio Doce, que subiram 4,33% (ON) e 4,27% (PNA).
O volume financeiro movimentado na Bovespa ontem superou a média diária do ano em cerca de R$ 1 bilhão, alcançando os R$ 4,8 bilhões.
(FABRICIO VIEIRA)


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