Investidor embolsa lucro após grau de investimento

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Bovespa não teve a mesma facilidade para subir nesta semana, como ocorreu na anterior, após o Brasil ser elevado à categoria de grau de investimento pela Standard & Poor's. Com baixa de 0,11% no pregão de ontem, a Bolsa de Valores de São Paulo encerrou a semana com alta acumulada de 0,40%.
Com o mau dia enfrentado pelo mercado acionário norte-americano, a Bovespa acabou por operar em baixa durante todo o pregão de ontem. Em seu pior momento, marcou queda de 1,37%.
A valorização das ações da Petrobras ajudou na recuperação da Bovespa no fim do dia. A ação ordinária da Petrobras subiu 1,55%, e a preferencial ganhou 1,48%.
O pregão de ontem foi meio morno e registrou giro de R$ 4,74 bilhões -cerca de 20% abaixo da média diária do ano.
O índice Ibovespa, que reúne as 66 ações mais negociadas, encerrou ontem a 69.645 pontos -45 de seus papéis terminaram a semana com queda.
Durante a semana, a Bolsa paulista alcançou o recorde de 70.195 pontos.
Em Nova York, o prejuízo de US$ 7,8 bilhões da seguradora AIG no trimestre desagradou aos investidores, o que dificultou um desempenho melhor do mercado acionário. O encarecimento do petróleo, que foi a US$ 125,96, em alta de 1,84% em Nova York, contribuiu para o dia desfavorável. O índice Dow Jones encerrou com perdas de 0,94%; a Nasdaq teve baixa de 0,23%.
O dólar, que ameaçou subir durante toda a semana, terminou ontem vendido a R$ 1,686, com depreciação de 0,47%.

Lucros no bolso
Passada a euforia desencadeada pela conquista do grau de investimento, os investidores aproveitaram para se desfazer de papéis que haviam subido muito e embolsar lucros.
A oscilação recente de algumas ações mostra o movimento. O papel ON da Cyrela Realt foi o que mais caiu nesta semana (-10,37%), mas havia estado entre os que mais subiram na semana anterior (quando ganhou 23,97%). O mesmo vale para a ação ON da Gafisa, que, considerando as duas semanas, caiu 9,40% nesta após subir 24,82% na anterior.
Essas oscilações bruscas são conhecidas como realização de lucros e não indicam que os fundamentos das companhias tenham melhorado ou piorado no período.
A ação ON da Telemar (atual Oi), que vinha sofrendo após seu negócio com a Brasil Telecom, subiu 14,6% na semana.


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