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DA FOLHA ONLINE

Os preços dos alimentos, como cebola e tomate, e de itens de vestuário, como roupas da coleção outono-inverno, pressionaram a inflação no varejo e no atacado, segundo a primeira prévia do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) deste mês. O indicador, divulgado ontem pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), apontou inflação de 0,66% no período -havia sido de 0,42% na primeira prévia de maio.
Problemas climáticos, com a antecipação do frio e o excesso de chuvas em algumas regiões, prejudicaram as plantações de hortaliças e legumes.
Com isso, os produtos agrícolas tiveram alta de 1,70% -o que fez o IPA (Índice de Preços por Atacado) passar de 0,47% para 0,73%. Dos 15 produtos que mais pressionaram o IPA, 12 estão relacionados aos alimentos.
Já o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), que mede os preços no varejo, subiu de 0,29% para 0,48%, influenciado por alimentação, transportes e vestuário. No varejo, a cebola subiu 32,23%, e o tomate, 10,47%.
O custo com transporte, que havia recuado 0,24% na primeira prévia do mês passado, registrou aumento de 0,31%. Nesse grupo, pesaram as altas de 0,43% na tarifa de ônibus urbano e de 4% no álcool combustível.
Vestuário subiu de 0,69% para 1,32%, com destaque para as roupas femininas. O preço da calça comprida de mulher, por exemplo, teve aumento de 3,58%, e blusa feminina, de 3,73%.
O INCC (Índice Nacional do Custo da Construção) subiu 0,63%, contra alta de 0,49% no mesmo período do mês passado. Materiais e serviços subiram de 0,93% para 1,19%.
Vale destacar a alta do aço para o setor, que chegou a 3,56%, e foi o que mais influenciou a inflação na construção.
No ano, o IGP-M acumula alta de 6,03% e, em 12 meses, de 8,84%. IPA, IPC e INCC têm pesos de 60%, 30% e 10%, respectivamente, na formação do índice.


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