São Paulo, sábado, 10 de junho de 2006

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Déficit dos EUA é menor que esperado

Resultado da balança comercial do país reforça as esperanças de que o ciclo de deterioração esteja próximo do seu fim

Diferença entre total importado e exportado chegou a US$ 63,4 bi; esse número, para analistas, não atingiu o "ponto de virada"


DO "FINANCIAL TIMES"

O déficit comercial dos EUA aumentou menos acentuadamente do que se esperava em abril, reforçando as esperanças de que a longa deterioração na posição comercial do país possa estar se desacelerando. A diferença entre importações e exportações subiu de US$ 61,9 bilhões para US$ 63,4 bilhões - menos que os US$ 65 bilhões previstos por economistas. Muitos analistas acreditam que a deterioração subjacente da posição comercial deveria se moderar conforme os consumidores americanos apertam o cinto e há retomada do crescimento na Europa e no Japão. Nas últimas semanas surgiram crescentes evidências de que o tão esperado esfriamento da economia americana esteja a caminho. Os últimos números sobre emprego apontaram para uma desaceleração no crescimento dos postos de trabalho. Os reajustes salariais quase não acompanham o aumento do custo de vida. As revisões anuais reduziram o nível de tendência do déficit, aumentando as exportações de serviços e reduzindo as importações de produtos. O déficit mensal dos EUA com a Europa e a Ásia (excluindo a China) ficou no nível do ano passado. Mas os dados sugerem que o déficit talvez ainda não tenha atingido um ponto de virada. Déficits com a China e com os países da Opep se ampliaram. O volume de importação de petróleo caiu, mas não o suficiente para afastar um aumento dos preços. O déficit de petróleo subiu de US$ 20 bilhões para US$ 21 bilhões. O aumento do petróleo poderá barrar qualquer melhora no déficit nos próximos meses. O déficit politicamente delicado com a China aumentou de US$ 15,6 bilhões em março para US$ 17 bilhões em abril. O último relatório semestral do governo Bush sobre práticas monetárias quase acusou o país de manipulação da moeda.


Tradução de LUIZ ROBERTO MENDES GONÇALVES


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