Mercado gay no Brasil é muito pouco explorado, diz InSearch

O público gay masculino constitui um mercado potencial significativo ainda muito pouco explorado no Brasil. As principais áreas de consumo se dirigem para entretenimento, lazer e cultura, mas há grandes oportunidades em setores como construção civil, mercado financeiro e seguros.
Essas conclusões constam de trabalho realizado pela InSearch, uma empresa especializada em pesquisas, para traçar o perfil econômico e comportamental do gay masculino. Foram ouvidos 5.315 gays em 52 cidades de 17 Estados entre fevereiro e maio.
De acordo com a pesquisa, a média de idade dos gays é de 35 anos, 39% pertencem à classe A/B, 22% têm nível superior completo, 63% segundo grau e a renda média individual é de R$ 2.500 mensais. Do total, 80% são solteiros e 14% vivem com um parceiro fixo, 25% têm casa de lazer na praia, 14% no campo (sítio ou chácara) e 8% possuem "home theater".
Além disso, 84% viajaram a lazer nos últimos 12 meses, em uma média de quatro vezes por ano dentro do Brasil, e 46% a trabalho, 35% viajaram a lazer para o exterior, em uma média de duas vezes nos últimos três anos, e 10% a trabalho, em uma média de cinco vezes em três anos.
Segundo Fábio Mariano, sócio-diretor da InSearch, esses números mostram que os gays possuem um nível de renda significativo, já que se caracterizam por ter um consumo próprio, e não familiar. A pesquisa mostra, por exemplo, que 2% dos entrevistados ganham mais de R$ 10 mil, e 8%, de R$ 5.000 a R$ 10 mil.
A pesquisa identifica diversas carências no mercado para esse público. Alguns exemplos: 14% gostariam de ter produtos financeiros dirigidos para eles, 17%, serviços de seguros, e 62%, hotéis especializados.
Para Fábio Mariano, em relação ao mercado financeiro, por exemplo, as queixas dos entrevistados são que tanto os produtos como a publicidade nesse setor são dirigidos prioritariamente para a família, e não para esse público, que tem características próprias. Não há, por exemplo, uma previdência privada especializada no público gay.
A mesma coisa se dá em relação a seguros. Em sua esmagadora maioria, os planos de saúde não prevêem, por exemplo, a cobertura para os parceiros homossexuais.
Fábio Mariano chama a atenção também para o setor de construção civil. São poucas as construtoras também que se preocupam com esse público, apesar de 69% dos gays que vivem com parceiros fixos terem interesse em imóvel próprio. "Quem casa quer casa", diz Mariano.
Em relação aos heterossexuais, os gays gastam 60% a mais em produtos de cosmética e estética, 40% a mais com atividades de lazer e 28% a mais com itens culturais e educativos, como livros.

CUBANOS

São Paulo irá receber mais uma casa carioca, o Esch Café. O novo espaço, que alia características de restaurante, bar e charutaria, tem 350 m2, onde foi anexada a charutaria "La Casa del Habano". A casa foi equipada com filtros de carvão ativado para renovação de 75 % do ar. No bar, gravuras do artista carioca Angelo de Aquino, que mostram Che Guevara, Monalisa e Charles Chaplin fumando charutos. O menu leva a assinatura do chef Raphael Molina, responsável pelas cozinhas das casas que levam o nome no Leblon e no centro do Rio. A idéia de trazer uma unidade para São Paulo, segundo Edgar Esch, partiu da demanda de cariocas e paulistas que transitam entre as duas cidades. A inauguração será no dia 13.

M.A.C. traz maquiador top para SPFW

A M.A.C. Cosmetics traz para a São Paulo Fashion Week um dos seus principais maquiadores-artistas, o britânico Terry Barber.
Pela primeira vez no Brasil, Barber, que atua como maquiador há 30 anos, trabalhará nos bastidores do evento ao lado de Vanessa Rozan, a primeira maquiadora sênior da marca no país, com quem comandará a equipe local.
"Gosto muito de como os brasileiros parecem não ter uma raça específica", diz o britânico, que cita o visual clássico com detalhes futuristas como a nova tendência -"tons pastéis em todo o rosto com lábios laranja ou cor-de-rosa".
A marca canadense tem planos de expansão para seus negócios no Brasil nos próximos anos.

PESOS PESADOS
Serão homenageados na segunda, em Nova York, Roger Agnelli, presidente da Vale, e Jeff Immelt, CEO da GE. O evento é realizado pelo Worldfund, ONG criada por Luanne Zurlo, executiva que deixou Wall Street para promover a educação como estratégia de combate à pobreza. A cerimônia terá presença de Andrea Jung, CEO da Avon, Luiz Roberto Ortiz Nascimento, presidente do grupo Camargo Corrêa, e outros. Na ocasião será leiloada uma tela de Romero Britto.

ESCADA
Os investimentos em mídia de bancos públicos e privados brasileiros, em 2006, tiveram crescimento de 16% em relação ao ano anterior, segundo ranking Agências & Anunciantes, da Editora Meio & Mensagem, que será divulgado amanhã. Dos bancos públicos, a Caixa assumiu a liderança entre os 30 maiores anunciantes do governo com 37% de incremento, em um total de R$ 181,5 milhões. Apesar do crescimento de 29%, o Banco do Brasil manteve a terceira colocação, totalizando R$ 152,2 milhões. Nossa Caixa e Banco do Nordeste do Brasil ocupam 8º e 26º lugar com aplicação de R$ 20,9 milhões e R$ 4,3 milhões.

SALTO ALTO
A liderança feminina da Alcoa se reúne amanhã e terça, em SP. Na pauta, a ocupação de cargos estratégicos por mulheres. Cláudia Matarazzo e Suzi Fleury participarão. A reunião faz parte do Alcoa Women's Network, programa sobre liderança feminina.

DESEMBARQUE
Joseph E. Murphy, especialista em "compliance" nos EUA, chega a São Paulo no dia 21 para o Seminário Compliance no Brasil e no Mundo, no Auditório de TozziniFreire Advogados.

GRAFITE
A Motorola convidou ilustradores da galeria Choque Cultural para personalizar seu lounge na SPFW. "Moda e música são os pilares de nossa estratégia", diz a diretora Loredana Mariotto.