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Governo Bush não descarta fazer intervenção no dólar
Paulson diz que nenhuma medida pode ser eliminada para conter queda da moeda
Antes de viajar à Europa,
Bush diz que dólar forte é
de interesse para os EUA;
moeda tem maior alta ante
o euro em mais de um mês
DA REDAÇÃO
O secretário do Tesouro dos
Estados Unidos, Henry Paulson, não descartou uma intervenção nos mercados como
uma tentativa de interromper o
ciclo de desvalorização do dólar
em relação às principais moedas mundiais. Já o presidente
George W. Bush disse que um
dólar forte é de interesse dos
Estados Unidos.
"Eu nunca tiraria a intervenção de sobre a mesa ou qualquer outra ferramenta", disse o
secretário durante entrevista
para a TV CNBC. "Eu não posso
especular sobre o que faremos
ou o que não faremos."
Bush falou mais de uma vez
ontem sobre a necessidade de
um dólar forte: em discurso na
Casa Branca antes de sua viagem para a Europa (no que deve ser sua última ida à região
antes do final do seu mandato,
que termina em janeiro do ano
que vem) e em entrevista ao
jornal britânico "The Times".
Segundo a publicação, o
mandatário não sugeriu uma
intervenção nos mercados,
com a compra da moeda americana, e disse que a "avaliação
relativa das economias levará
ao fortalecimento do dólar".
Para o jornal, no entanto, Bush
se mostrou preocupado com a
perda de valor da moeda.
Ao contrário do que aconteceu mais de uma vez ao seu antecessor, Bill Clinton, o governo de George W. Bush não
comprou dólares no mercado
para impedir a desvalorização
da moeda americana.
Depois das declarações dos
dirigentes, o dólar chegou a subir 0,9% em relação ao euro, a
maior alta em mais de mês. No
final da tarde de ontem, o euro
estava sendo comercializado a
US$ 1,5642, ante US$ 1,5777 na
última sexta-feira. O dólar vem
perdendo valor há vários meses
e essa tendência ganhou mais
força depois que o Fed (Federal
Reserve, o BC dos EUA) iniciou
seu ciclo de cortes nos juros,
em setembro do ano passado.
Na semana passada, a queda
do dólar foi provocada pelas declarações do presidente do BCE
(Banco Central Europeu),
Jean-Claude Trichet, de que a
entidade pode aumentar os juros na próxima reunião. Ele repetiu a declaração ontem.
Recessão
O presidente do Fed, Ben
Bernanke, disse ontem à noite
que, no último mês, diminuíram as chances de uma "recessão substancial" nos EUA.
Ele falou ainda que os altos
preços de matérias-primas como o petróleo se espalharam de
forma limitada para o resto da
economia, mas que é preciso
continuar atento.
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