São Paulo, terça-feira, 10 de junho de 2008

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br

ESPERAR PARA VER
Os estoques privados de café eram de 10,4 milhões de sacas no final de março, segundo a Conab. Na avaliação do mercado, os países consumidores têm outros 20 milhões de sacas. A confirmação ou não desses volumes aparecerá em breve.

REFLEXO NOS PREÇOS
A avaliação é de João Lopes Araújo, produtor e diretor da Aiba (Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia). Se a procura pelo café aumentar, e os preços subirem, é sinal de que os estoques mundiais não estão muito satisfatórios, diz.

REALIZAÇÃO DE LUCROS
As commodities agrícolas recuaram ontem no mercado internacional. A queda ocorreu apenas nos dois primeiros contratos, o que indica realização de lucros, principalmente dos fundos. Em Chicago, a maior queda ficou para o trigo (2,8%). Já em Nova York, o maior recuo foi para o café (3,5%).

AINDA EM ALTA
As incertezas sobre a produção nos EUA, sobre a demanda internacional e sobre os efeitos das políticas defensivas adotadas por vários países ainda vão manter os preços das commodities agrícolas aquecidos nas próximas semanas. As estimativas são de especialistas ligados ao setor de grãos da Universidade de Illinois (EUA).

RELAÇÕES DIFÍCEIS
O Japão é o destino de 4% das exportações brasileiras. Já os japoneses são responsáveis pelo fornecimento de 5% das importações brasileiras. Mas no agronegócio, o Japão impõe tarifas pesadas, quando importa: 121% nos cereais, 96% em laticínios, ovos e mel e 73% em produtos da indústria de moagem, mostra o Cepea.

CAMINHO EXTERNO
As exportações de milho somam 2,6 milhões de toneladas até maio. O volume supera em 8,1% o de igual período de 2007. Os dados são da Secex.

BOAS PERSPECTIVAS
O desempenho do milho indica que há boas perspectivas no mercado externo, o que muitos agentes não acreditavam, segundo Leonardo Sologuren, da consultoria Céleres, de Uberlândia (MG). Só em maio, as vendas externas somaram 694 mil toneladas.

AINDA AQUECIDO
As importações de adubos e fertilizantes recuaram na primeira semana deste mês em relação às de maio. Em relação a junho de 2007, no entanto, mantêm alta de 125%, conforme dados de ontem da Secex.

FRANGO EM ALTA
Após ter o mesmo valor por um mês, o frango voltou a subir. O quilo da ave viva foi a R$ 1,70 ontem nas granjas paulistas. O aumento se deve às boas vendas da semana passada e à redução da oferta de animais vivos, constatou a Folha.


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