São Paulo, quarta-feira, 10 de junho de 2009

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Bolsa de SP e dólar caem à espera do Copom

BC decide hoje taxa de juros; petróleo supera US$ 70 em NY

EPAMINONDAS NETO
DA FOLHA ONLINE

Os mercados tiveram ontem mais uma sessão morna, com poucos negócios. Pelo quarto dia, a Bovespa registrou um giro financeiro abaixo da média de R$ 5 bilhões, o que, para alguns analistas, pode ser um indício de que o entusiasmo dos investidores, notadamente os estrangeiros, está diminuindo.
No encerramento do dia, a Bolsa terminou com baixa de 0,88%, com o Ibovespa marcando 53.157 pontos. O investidor doméstico optou ontem pela cautela na véspera da decisão sobre os juros básicos brasileiros, que devem ficar pela primeira vez abaixo de 10% -a taxa hoje é de 10,25%. Também sairá o IPCA de maio (índice oficial usado como parâmetro para as metas de inflação).
"O investidor está mais cauteloso. A Bolsa já precificou [antecipou] a recuperação inicial da economia [dos EUA], mas ainda há dúvidas sobre como vai evoluir a taxa de desemprego, sobre o cenário em geral.
Agora, não basta somente os indicadores serem melhores do que o esperado. O investidor tem que ver algum número mais consistente sobre essa retomada", disse Felipe Casotti, da Máxima Asset Management.
Ontem, nem os números do PIB (Produto Interno Bruto) foram capazes de animar os negócios. Analistas ressaltaram que a contração do PIB serviu para reforçar as apostas de que hoje o Copom (Comitê de Política Monetária) deve confirmar as expectativas do mercado e levar a taxa básica para 9,50%.
Em Wall Street, a Bolsa de Nova York teve um dia oscilante, em que o investidor ficou à caça de notícias mais importantes para definir um rumo para os negócios. Referência mundial para as Bolsas de Valores, o índice Dow Jones contabilizou leve baixa de 0,02%. O índice S&P 500, também bastante influente, subiu 0,35%, puxado pelas ações de empresas ligadas ao setor de energia e commodities.
O petróleo subiu 2,62% em Nova York e voltou a ficar acima dos US$ 70 o barril.

Câmbio
Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,93 e R$ 1,95, sinalizando a pouca disposição dos agentes financeiros para fechar negócios numa semana mais curta.
O volume mais baixo de negócios pode explicar a forte queda de ontem (1,47%), quando o dólar comercial finalizou os negócios cotado a R$ 1,937.
É o nono dia em que a taxa de câmbio encerra o dia abaixo do patamar de R$ 2. "Há muita resistência em torno dos preços de R$ 1,97 e R$ 1,92, e o dólar deve ficar rodando nesse intervalo durante algum tempo", afirmou Carlos Alberto Postigo, da corretora Advanced.


Colaborou TONI SCIARRETTA , da Reportagem Local


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