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Bolsa de SP e dólar caem à espera do Copom
BC decide hoje taxa de juros;
petróleo supera US$ 70 em NY
EPAMINONDAS NETO
DA FOLHA ONLINE
Os mercados tiveram ontem
mais uma sessão morna, com
poucos negócios. Pelo quarto
dia, a Bovespa registrou um giro financeiro abaixo da média
de R$ 5 bilhões, o que, para alguns analistas, pode ser um indício de que o entusiasmo dos
investidores, notadamente os
estrangeiros, está diminuindo.
No encerramento do dia, a Bolsa terminou com baixa de
0,88%, com o Ibovespa marcando 53.157 pontos.
O investidor doméstico optou ontem pela cautela na véspera da decisão sobre os juros
básicos brasileiros, que devem
ficar pela primeira vez abaixo
de 10% -a taxa hoje é de
10,25%. Também sairá o IPCA
de maio (índice oficial usado
como parâmetro para as metas
de inflação).
"O investidor está mais cauteloso. A Bolsa já precificou
[antecipou] a recuperação inicial da economia [dos EUA],
mas ainda há dúvidas sobre como vai evoluir a taxa de desemprego, sobre o cenário em geral.
Agora, não basta somente os indicadores serem melhores do
que o esperado. O investidor
tem que ver algum número
mais consistente sobre essa retomada", disse Felipe Casotti,
da Máxima Asset Management.
Ontem, nem os números do
PIB (Produto Interno Bruto)
foram capazes de animar os negócios. Analistas ressaltaram
que a contração do PIB serviu
para reforçar as apostas de que
hoje o Copom (Comitê de Política Monetária) deve confirmar
as expectativas do mercado e
levar a taxa básica para 9,50%.
Em Wall Street, a Bolsa de
Nova York teve um dia oscilante, em que o investidor ficou à
caça de notícias mais importantes para definir um rumo
para os negócios. Referência
mundial para as Bolsas de Valores, o índice Dow Jones contabilizou leve baixa de 0,02%. O
índice S&P 500, também bastante influente, subiu 0,35%,
puxado pelas ações de empresas ligadas ao setor de energia e
commodities.
O petróleo subiu 2,62% em
Nova York e voltou a ficar acima dos US$ 70 o barril.
Câmbio
Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,93 e R$
1,95, sinalizando a pouca disposição dos agentes financeiros
para fechar negócios numa semana mais curta.
O volume mais baixo de negócios pode explicar a forte
queda de ontem (1,47%), quando o dólar comercial finalizou
os negócios cotado a R$ 1,937.
É o nono dia em que a taxa de
câmbio encerra o dia abaixo do
patamar de R$ 2. "Há muita resistência em torno dos preços
de R$ 1,97 e R$ 1,92, e o dólar
deve ficar rodando nesse intervalo durante algum tempo",
afirmou Carlos Alberto Postigo, da corretora Advanced.
Colaborou TONI SCIARRETTA ,
da Reportagem Local
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