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Crise muda perfil de lista das maiores empresas mundiais
Bancos e montadoras americanos perdem espaço; Wal-Mart lidera pelo 2º ano
GM caiu da 5ª para a 9ª posição na lista da revista "Fortune" e foi a que teve o maior prejuízo no ano passado, de US$ 38,7 bi
DA REDAÇÃO
O Wal-Mart liderou pelo segundo consecutivo o ranking
da revista "Fortune" das 500
maiores empresas mundiais,
mas a grande novidade da lista
deste ano foi a perda de espaço
das instituições financeiras e
das montadoras americanas
-reflexo da crise nos mercados
e na economia dos EUA.
O maior sinal dessa crise está
na General Motors, a maior
montadora mundial, que caiu
da 5ª posição para a 9ª posição,
com o seu faturamento retrocedendo US$ 25 bilhões. A empresa vem enfrentando dificuldades especialmente nos Estados Unidos, com os consumidores optando por carros mais
econômicos, devido à alta nos
preços do petróleo. A GM nos
últimos anos vinha apostando
em veículos maiores e que consumiam mais combustível.
A Ford, a rival histórica da
GM e que perdeu para a Toyota
o posto de segunda maior vendedora de veículos nos EUA, retrocedeu uma posição e agora
está na 13ª colocação no ranking da "Fortune", que leva em
conta a receita das empresas.
Já a Toyota, que não só ganhou o espaço da Ford nos EUA
como disputa acirradamente
com a GM sobre quem vende
mais veículos nos mundo,
avançou da 6ª para a 5ª posição.
A GM foi a companhia que teve o maior prejuízo no ano passado, de US$ 38,7 bilhões, e a
Ford foi a décima que mais perdeu, US$ 2,7 bilhões. Com um
lucro de US$ 15 bilhões, a Toyota foi a 12ª empresa que mais
ganhou em 2007.
Apesar de uma instituição financeira aparecer entre as dez
primeiras, a holandesa ING (foi
a 13ª em 2007), o que não ocorreu no ano passado, a perda de
espaço de alguns bancos que
são símbolos de Wall Street
chama a atenção. O Citigroup,
que era a 14ª maior companhia,
caiu três posições. O Bank of
America agora é a 28º maior
-era a 21ª. O Merrill Lynch
caiu do 70º para o 100º lugar.
Como ocorreu no ano passado, o Wal-Mart é acompanhado
no topo da tabela pelas grandes
empresas petrolíferas mundiais, beneficiadas com o aumento nos preços do combustível. ExxonMobil, Shell e BP
permanecem ocupando do 2º
ao 4º lugares. A Exxon e a Shell
são as duas que mais lucraram
no mundo no ano passado. A
GE, que foi a 12ª em receita, teve o terceiro maior lucro.
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