São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 2008

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Afetada por bancos, Bolsa de NY cai 2%

DA REPORTAGEM LOCAL

As Bolsas norte-americanas resistiram durante boa parte do dia, mas encerraram o pregão em forte queda. Em Wall Street, o índice Dow Jones terminou com perdas de 2,08%. A Nasdaq caiu 2,60%.
As operações começaram com os investidores preocupados com a ameaça do petróleo de retomar a rota de alta. O barril chegou a subir, movido por tensões geopolíticas ligadas ao Irã. Houve também a divulgação de que os estoques de petróleo dos EUA encolheram acima do esperado.
Mas o barril do produto acabou por encerrar quase estável em Nova York, a US$ 136,05.
A piora sentida pelo mercado acionário, que se aprofundou na última hora de pregão, teve no setor financeiro seu vilão.
As ações de grandes instituições financeiras tiveram resultados negativos ontem: Merrill Lynch recuou 9,25%, seguida de Morgan Stanley (-6,85%), Bank of America (-6,29%) e Citigroup (-5,46%).
Analistas e investidores estão cada vez mais pessimistas em relação ao próximo balanço trimestral que os bancos irão apresentar. Ontem, a Fitch Rating afirmou que pode vir a reduzir a nota de crédito do Merrill Lynch devido a possíveis novas baixas contábeis, além de perspectiva de menor lucro.
A avaliação do Credit Suisse, de que aproximadamente 40% dos 50 maiores bancos americanos vão ter de reduzir o pagamento de dividendos ou levantar capital, desagradou ao mercado. Além disso, a instituição diminui sua projeção de lucro para o setor neste ano em 17%.
As financeiras hipotecárias americanas Freddie Mac e Fannie Mae, abaladas pela crise de crédito, viram suas ações recuarem ontem -23,77% e 13,11%, respectivamente.
Para piorar o clima, John Chambers, da Cisco Systems, afirmou que os clientes da empresa não estão otimistas com o atual cenário e prevêem uma recuperação na economia americana apenas em 2009. As ações da empresa de tecnologia caíram 5,68% em Wall Street.
No Brasil, não houve pregão na Bolsa, em razão de feriado em São Paulo.


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