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Governo espera avanço
em proposta européia
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo brasileiro está otimista com a retomada das negociações comerciais entre o Mercosul e a União Européia. No final
do mês passado, o Mercosul havia
suspendido as negociações para
forçar os europeus a melhorarem
sua oferta agrícola. Hoje a UE deve apresentar nova proposta na
área agrícola e o Brasil, em contrapartida, deve melhorar sua
oferta para serviços, compras governamentais e investimentos.
A União Européia havia oferecido acesso adicional de US$ 1,2 bilhão aos produtos agrícolas do
Mercosul, mas essa cota seria parcelada em dez anos, o que desagradou aos brasileiros e causou a
suspensão das negociações.
"Não acredito que [a proposta
da União Européia] vá ser igual,
porque senão nós estamos perdendo novamente tempo. Seria
uma perda de tempo e de passagens aéreas", disse ontem Mário
Mugnaini, secretário-executivo
da Camex (Câmara de Comércio
Exterior).
Em análises feitas no Brasil, o fato de os europeus terem parcelado o acesso adicional aos produtos agrícolas do Mercosul seria
um "bode na sala" -ou seja, teria
sido inventado para depois ser retirado e, dessa forma, uma proposta anterior já considerada insuficiente fosse aprovada.
As principais demandas agrícolas do Mercosul dizem respeito ao
acesso da carne (bovina e frango),
do trigo e do álcool ao mercado
europeu.
Já os europeus querem acesso a
serviços, como o transporte marítimo de cabotagem (ao longo costa do continente), liberdade para
a instalação de bancos e participação em licitações de compras governamentais.
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