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CONCENTRAÇÃO
Fusões e aquisições no Brasil retomam patamar pré-2002
ERNANE GUIMARÃES NETO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Levantamento divulgado
pela consultoria PricewaterhouseCoopers indica que o
número de transações de
médio e grande porte envolvendo fusão ou aquisição
cresceu 40% de janeiro a julho em relação ao mesmo período de 2005. No total, foram computadas 287 transações, das quais 150 foram
aquisições.
O setor que mais teve transações do tipo foi o de alimentação, puxado pelo segmento sucroalcooleiro. O
número de joint ventures
(73) teve a maior alta: 110%.
Depois de quedas consecutivas de 2001 a 2003 e oscilação nos anos seguintes, a
quantidade de transações até
julho já ultrapassa o nível de
2002. Raul Beer, da PricewaterhouseCoopers, disse à Folha que, mesmo que 2006
não chegue ao nível de fusões
de 2000 ou 2001, o avanço
em relação a 2004 e 2005 será significativo.
"Esses negócios estão
ocorrendo porque a economia está crescendo. Os investidores estão vendo expectativa melhor de longo prazo."
O nível mais baixo de transações nesses anos foi em
2003, início do governo de
Luiz Inácio Lula da Silva. O
professor Oscar Malvessi, da
Escola de Administração de
Empresas de São Paulo da
Fundação Getulio Vargas,
associou-o à insegurança
quanto à economia brasileira
que permeou o discurso político do período eleitoral:
"Estavam no ar mudanças de
contratos".
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