São Paulo, quinta-feira, 10 de agosto de 2006

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CONCENTRAÇÃO

Fusões e aquisições no Brasil retomam patamar pré-2002

ERNANE GUIMARÃES NETO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Levantamento divulgado pela consultoria PricewaterhouseCoopers indica que o número de transações de médio e grande porte envolvendo fusão ou aquisição cresceu 40% de janeiro a julho em relação ao mesmo período de 2005. No total, foram computadas 287 transações, das quais 150 foram aquisições.
O setor que mais teve transações do tipo foi o de alimentação, puxado pelo segmento sucroalcooleiro. O número de joint ventures (73) teve a maior alta: 110%.
Depois de quedas consecutivas de 2001 a 2003 e oscilação nos anos seguintes, a quantidade de transações até julho já ultrapassa o nível de 2002. Raul Beer, da PricewaterhouseCoopers, disse à Folha que, mesmo que 2006 não chegue ao nível de fusões de 2000 ou 2001, o avanço em relação a 2004 e 2005 será significativo.
"Esses negócios estão ocorrendo porque a economia está crescendo. Os investidores estão vendo expectativa melhor de longo prazo."
O nível mais baixo de transações nesses anos foi em 2003, início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O professor Oscar Malvessi, da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas, associou-o à insegurança quanto à economia brasileira que permeou o discurso político do período eleitoral: "Estavam no ar mudanças de contratos".


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