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Greve de prestadores de serviço ameaça vôos
CLARICE SPITZ
DA FOLHA ONLINE, NO RIO
Os funcionários da Sata,
maior empresa prestadora de
serviços para a Varig, iniciaram
ao meio-dia de ontem paralisação por 24 horas nos aeroportos do Rio de Janeiro. Eles protestam contra o atraso no recebimento de benefícios, como
cesta básica, vale-refeição e vale-transporte, e o parcelamento de salários há três meses.
O vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários,
Fernando Galdino da Silva, estima que a adesão ao movimento tenha chegado a cerca de
1.000 dos 2.000 trabalhadores
ao longo de todo o dia no Aeroporto Tom Jobim. No Aeroporto Santos Dumont a adesão foi
praticamente nula.
A Sata não pertence nem à
nova nem à velha Varig. É uma
empresa da antiga controladora da empresa aérea, a Fundação Ruben Berta. A empresa
tem 5.300 funcionários em todo o país e cuida do carregamento e descarregamento de
aeronaves, além de fazer a limpeza de aviões de várias companhias, entre outros serviços.
Além da Varig, a Sata presta
serviços para a VarigLog e companhias aéreas como Air France, Aerolíneas Argentinas, Pluna, TAP, Ocean Air e Webjet,
entre outras.
Os trabalhadores marcaram
nova assembléia para hoje,
quando decidem se continuam
ou não com a greve. Segundo a
presidente do sindicato, Selma
Balbino, os trabalhadores podem parar por tempo indeterminado. "A empresa ainda não
pagou o vale-refeição nem o vale-transporte, o que faz muita
diferença para quem ganha esse tipo de salário."
Anteontem, os funcionários
da Sata no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, pararam entre 18h e 20h.
Segundo Armando de Almeida,
secretário-geral do Sindicato
dos Aeroviários de Guarulhos,
os trabalhadores decidiram retornar às atividades depois que
a direção da empresa ofereceu
pagamento integral dos salários líquidos até R$ 300 e de
25% dos salários até R$ 1.000,
além de parte dos benefícios,
como a metade da cesta básica.
Lista de demitidos
A Varig ainda não entregou a
lista de demitidos requerida
pela Justiça do Trabalho e informou que não vai se pronunciar sobre o assunto.
A juíza Maria Theresa da
Costa Prata, da 63ª Vara do
Trabalho, determinou que a
empresa forneça, no prazo máximo de dez dias, a relação dos
funcionários demitidos de julho a agosto, sob pena de multa
diária de R$ 10 mil.
A companhia aérea anunciou
corte de 5.500 funcionários no
dia 28 de julho.
Os sindicatos pediram à Justiça a liberação das guias de
FGTS (Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço) e seguro-desemprego, o que não é possível sem a lista. Álvaro Quintão,
advogado dos sindicatos, já disse que, caso a aérea não entregue as guias, a juíza pode liberar
o FGTS por alvará.
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