São Paulo, sexta-feira, 10 de setembro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

EXTERNA

Formato não foi finalizado

FMI pode criar linha de crédito de emergência

DE WASHINGTON

O FMI (Fundo Monetário Internacional) confirmou ontem que poderá criar uma linha de crédito emergencial para países que passam por dificuldades financeiras momentâneas.
A criação desse crédito, que poderia ser concedido sem a assinatura de um amplo programa com o Fundo, foi discutida entre o governo brasileiro e o diretor-gerente do FMI, Rodrigo Rato, na semana passada, no Brasil.
"O Brasil tem interesse nessa linha, assim como muitos membros desta instituição. A sua criação requer um amplo consenso para ir em frente, mas o assunto continua sobre a mesa", afirmou o porta-voz do FMI, Thomas Dawson, em entrevista.
A vantagem para o país que tomasse crédito dessa linha, em caso de ela ser criada e não incluir a necessidade de assinar um amplo programa com o Fundo, é justamente não ter que seguir as regras rígidas que acordos com a instituição exigem.
O Brasil tem interesse na criação da linha porque cogita não renovar o acordo em vigência com o FMI. Mesmo no atual pacote, considerado "preventivo" pelo Brasil, o país optou por não sacar parcelas concedidas pelo Fundo, que totalizarão US$ 30 bilhões.
Dawson afirmou, no entanto, que, se criada, a linha seria "um programa do Fundo" com os países que necessitassem da ajuda. "Como ela (a linha de crédito) seria acionada, ninguém sabe ainda, assim como é preciso ver se há um consenso de que algo assim precisa ser feito."
A linha de crédito emergencial, conforme discutida no Brasil, auxiliaria países que passem por "dificuldades momentâneas" para equilibrar suas contas externas, no caso, por exemplo, de uma queda no fluxo internacional de capitais.
Os juros cobrados nessa nova linha emergencial também poderiam ser mais baixos do que os praticados nos atuais programas do FMI, que variam de 4% a 7% ao ano. (FERNANDO CANZIAN)


Texto Anterior: Reação em massa: Padarias reclamam de declaração de Lessa
Próximo Texto: Crise no ar: Varig ganha mercado, e TAM continua líder
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.