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MERCADO FINANCEIRO
Palocci comemora a queda do risco-país; Thomas Dawson, porta-voz do FMI, elogia indicadores brasileiros
Dólar cai 0,49%; Bolsa bate novo recorde
DA REPORTAGEM LOCAL
A enxurrada de recursos para o
país e a baixa demanda por proteção cambial fizeram o dólar comercial ter sua sexta queda consecutiva ontem. Encerrou o pregão
valendo R$ 2,833, em baixa de
0,49%. O risco-país brasileiro fechou a 609 pontos (-1,14%), depois de passar quase todo o dia
abaixo de 600.
O ministro da Fazenda, Antonio
Palocci Filho, comemorou a redução do risco-país ontem, ao dizer
que o Brasil deverá voltar a ser
uma opção de investimento para
os países desenvolvidos.
Em depoimento sobre a reforma tributária na Comissão de
Constituição e Justiça do Senado,
o ministro comparou a situação
brasileira à da Rússia, que, depois
de uma crise financeira, voltou a
atrair investimentos estrangeiros.
A Bovespa (Bolsa de Valores de
São Paulo) caiu ontem pela primeira vez em outubro. Segundo
analistas, a queda de 0,54% ocorreu por conta de um movimento
de venda de ações para embolsar
parte dos ganhos recentes.
Mas o interesse de investidores,
principalmente estrangeiros, pela
Bolsa segue forte. Um novo recorde batido ontem dá uma medida
disso: o número de negócios atingiu 67.853, o maior valor já registrado. Além disso, o movimento
financeiro voltou a ser alto e atingiu R$ 1,345 bilhão.
Com tudo isso, aumentam os
rumores de que o governo prepara uma nova emissão de títulos
soberanos em euros.
Para o porta-voz do FMI (Fundo Monetário Internacional),
Thomas Dawson, a reação favorável do mercado financeiro no Brasil é um "indicativo muito bom"
de que o país está adotando as
medidas macroeconômicas corretas: "Os indicadores do mercado financeiro internacional estão
muito bons, particularmente no
caso do Brasil".
Analistas se surpreendem com a
persistente queda do dólar numa
semana em que o governo anunciou que resgatará um lote integral de dívida cambial.
Essa queda é consequência do
fluxo positivo de recursos para o
país e da baixa demanda por proteção cambial (hedge).
Dados da Cetip (Central de Custódia e de Liquidação Financeira
de Títulos) confirmam queda na
procura por hedge.
Até ontem, o estoque de contratos de troca de rentabilidade entre
juros pós-fixados e câmbio (instrumento utilizado como hedge)
no mês estava 13% inferior a outubro de 2002 e 1,5% menor em
relação a setembro passado. Os
estoques foram calculados pela
Cetip em dólar.
Colaboraram a Sucursal de Brasília e
Fernando Canzian, de Washington
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