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CRISE NO AR
Liminar vai até dezembro
Varig terá prazo maior de proteção para jatos
DE NOVA YORK
A corte de falências de Nova
York estendeu ontem a liminar
que protege de arresto cerca de 40
aeronaves da Varig até 22 de dezembro, quando deve estar detalhado e aprovado um plano de recuperação da empresa -inclusive a injeção de US$ 400 a US$ 500
milhões até junho de 2006 pela
TAP (Aerolinhas Portuguesas),
Geocapital (fundo de investimento chinês) e outros parceiros.
Na audiência ontem, a Varig
também apresentou o plano de
vender para a TAP nas próximas
três semanas cerca de US$ 42 milhões em recebíveis de cartão de
crédito -valores a serem recebidos nos próximos meses por passagens já emitidas. Com isso, a
Varig estima que poderá alocar
cerca de US$ 30 milhões para a
manutenção dos aviões.
Segundo o presidente da Varig,
Omar Carneiro da Cunha, 5 das
15 aeronaves paradas poderão
voltar a voar até dezembro.
O juiz Robert Drain, que preside
o caso, havia demonstrando desconfiança na habilidade da Varig
de encontrar investidores e honrar compromissos com as empresas arrendadoras de aviões.
Porém, após a compra das subsidiárias VarigLog (logística) e
VEM (manutenção) pela TAP,
com verba do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), a Varig ganhou
voto de confiança do tribunal.
O valor da operação, US$ 62 milhões, será repassado para essa
empresas, cobrindo cerca de 80%
da dívida acumulada desde meados do ano.
A recuperação final da Varig,
segundo Pinto, requer o aporte de
até US$ 500 milhões e um enxugamento nas operações. Além da
TAP, outros três grupos de investidores entrarão com verbas. O
único já comprometido seria o
fundo chinês GeoCapital.
Na compra das subsidiárias,
uma empresa brasileira foi criada
para manter 80% do capital votante. Não está definido o formato
final do acordo para controle da
Varig recuperada.
(LEILA SUWWAN)
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