São Paulo, quinta-feira, 10 de novembro de 2005

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

SEM EFEITO
Abipecs (associação dos produtores e exportadores de carne suína) divulga hoje os dados de exportações do setor referentes a outubro. Os embargos e a febre aftosa não afetaram as vendas externas, diz Pedro de Camargo Neto, presidente-executivo da entidade.

EFEITO INESPERADO
O setor de carne suína faria amanhã o último embarque de carne do ano. No retorno das exportações, no próximo ano, os embargos já devem estar definidos. O setor não contava, no entanto, com um fator inesperado: a greve dos fiscais agropecuários, que pode retardar o embarque.

FIM DO APOIO
Alguns setores que apoiavam a greve dos fiscais agropecuários já não estão tão certos desse apoio. Começa a haver uma radicalização dos grevistas, inviabilizando operações internas e de exportações, dizem esses setores.

PROCURA MAIOR
A procura por suínos vivos cresceu ontem no interior de São Paulo, segundo a APCS (associação paulista dos criadores). Algumas negociações ficaram entre R$ 43 e R$ 44 por arroba. O aumento de preços se deve à falta de animais em um período em que os frigoríficos fazem estoques para o final de ano.

INFLUÊNCIA DA GREVE
O quilo do frango vivo caiu para R$ 1,35 em São Paulo. A expectativa de lentidão nas exportações, com a greve dos fiscais, auxiliou a queda, segundo analistas. Em 30 dias, o frango caiu 6,9%.

FREIO NO SAL
Os baixos preços da arroba de boi e a aftosa em Mato Grosso do Sul vão provocar queda de 8% na produção de sal mineral neste ano. O setor se reúne hoje e amanhã, em São Paulo, para analisar problemas e diretrizes, segundo a Asbram (associação das indústrias).

RITMO MANTIDO
A aftosa não desaqueceu o mercado de touros. Nas duas últimas semanas, a Agropecuária CFM negociou 80 animais. O sistema de pagamento -em até um ano com base na cotação do Cepea- também facilitou essas negociações.


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