DA REPORTAGEM LOCAL

A BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) divulgou ontem os detalhes da sua abertura de capital. Como no caso da Bovespa, os coordenadores da operação decidiram dar preferência no varejo para os investidores que não costumam vender as ações obtidas em um IPO (oferta pública inicial, na sigla em inglês) no primeiro dia de negociação.
O período de reserva para quem quiser ficar com as ações da BM&F começa na segunda-feira, dia 19, e se estenderá até o dia 27 deste mês. O início das negociações está previsto para acontecer no próximo dia 30. O investidor de varejo poderá reservar montantes entre R$ 5.000 e R$ 300 mil.
Mas o pedido de reserva não garante que o investidor levará o que solicitou. No caso da Bovespa Holding -empresa controladora da Bolsa paulista, criada no processo de abertura de capital-, os investidores pessoa física conseguiram ficar com no máximo R$ 12.098, mesmo quem requisitou valores maiores.
Isso aconteceu porque a demanda pelas ações superou em muito -estima-se que tenha chegado a R$ 60 bilhões- a oferta total de papéis, que ficou em R$ 6,6 bilhões. Assim, houve um rateio.
Além dos que levaram menos do que queriam, o filtro criado para o IPO da Bovespa barrou os chamados "flippers" (investidores com perfil especulativo), que não levaram nenhuma ação que tinham reservado. A BM&F também fará uso desse filtro em seu IPO.
O preço de cada ação da BM&F deve ficar entre uma faixa que vai de R$ 14,50 a R$ 16,50, podendo variar se a demanda for muito forte. O preço das ações da Bovespa foi elevado no meio do processo de reserva -foram lançadas a R$ 23.
Considerando os valores divulgados, a BM&F deve levantar ao menos R$ 4,3 bilhões no mercado, podendo alcançar os R$ 4,9 bilhões. (TS E FV)


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