São Paulo, segunda-feira, 10 de novembro de 2008

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Sob Trichet, BCE mantém ortodoxia

DA REPORTAGEM LOCAL

O francês Jean-Claude Trichet comanda o Banco Central Europeu com mão de ferro desde 2003.
Formado em engenharia, economia e ciências políticas, trabalhou em empresas privadas por somente dois anos. Em 1971, entrou no setor público como inspetor-adjunto de finanças, no Ministério da Economia da França. Foi diretor do FMI (Fundo Monetário Internacional) e chefiou o Banco da França, o banco central do país, por duas vezes.
No começo de 2003, após quase três anos de investigações, Trichet foi julgado em um processo sobre o socorro do governo francês ao banco Credit Lyonnais entre 1992 e 1993, quando ele era secretário do Tesouro. A instituição havia se endividado demasiadamente durante o seu processo de expansão e também concedeu muitos empréstimos para empreendimentos que fracassaram. A ajuda acabou custando US$ 14 bilhões, na época, aos cofres públicos.
Absolvido, ele substituiu o conservador holandês Wim Duisenberg. Era grande a expectativa -principalmente da França- de que Trichet, favorito ao cargo, promovesse reformas no BCE e tomasse medidas para impulsionar o crescimento do continente, mudando inclusive a política monetária vigente.
Nesse sentido, pode-se dizer que ele decepcionou. Trichet continuou administrando as taxas de juros de forma bastante dura. Em julho último, apesar dos sinais cada vez mais fortes de forte desaceleração da atividade econômica na região, a entidade resolveu aumentar a sua taxa básica e a manteve em 4,25% no mês seguinte. Por isso, acumula pesadas críticas de especialistas, que acham que uma atuação rápida poderia evitar maiores prejuízos para os países.


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