|
Texto Anterior | Índice
perfil
Sob Trichet, BCE mantém ortodoxia
DA REPORTAGEM LOCAL
O francês Jean-Claude
Trichet comanda o Banco
Central Europeu com mão
de ferro desde 2003.
Formado em engenharia,
economia e ciências políticas, trabalhou em empresas
privadas por somente dois
anos. Em 1971, entrou no setor público como inspetor-adjunto de finanças, no Ministério da Economia da
França. Foi diretor do FMI
(Fundo Monetário Internacional) e chefiou o Banco da
França, o banco central do
país, por duas vezes.
No começo de 2003, após
quase três anos de investigações, Trichet foi julgado em
um processo sobre o socorro
do governo francês ao banco
Credit Lyonnais entre 1992 e
1993, quando ele era secretário do Tesouro. A instituição
havia se endividado demasiadamente durante o seu
processo de expansão e também concedeu muitos empréstimos para empreendimentos que fracassaram. A
ajuda acabou custando US$
14 bilhões, na época, aos cofres públicos.
Absolvido, ele substituiu o
conservador holandês Wim
Duisenberg. Era grande a expectativa -principalmente
da França- de que Trichet,
favorito ao cargo, promovesse reformas no BCE e tomasse medidas para impulsionar
o crescimento do continente,
mudando inclusive a política
monetária vigente.
Nesse sentido, pode-se dizer que ele decepcionou. Trichet continuou administrando as taxas de juros de forma
bastante dura. Em julho último, apesar dos sinais cada
vez mais fortes de forte desaceleração da atividade econômica na região, a entidade
resolveu aumentar a sua taxa
básica e a manteve em 4,25%
no mês seguinte. Por isso,
acumula pesadas críticas de
especialistas, que acham que
uma atuação rápida poderia
evitar maiores prejuízos para os países.
Texto Anterior: Frases Índice
|