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MERCADO FINANCEIRO
Ações da Eletropaulo puxam queda, a maior em um mês; projeções para juros sobem, risco-país cai
Com giro de R$ 334,8 mi, Bolsa cai 2,17%
DA REPORTAGEM LOCAL
Em um dia de más notícias nos
cenários interno e externo, a Bolsa de Valores de São Paulo fechou
em queda de 2,17%, aos 10.338
pontos. Foi a maior queda em um
dia da Bovespa em um mês.
O giro financeiro foi bastante
pequeno -o mercado de ações
doméstico movimentou apenas
R$ 334,842 milhões.
A notícia de que United Airlines
pediu concordata influenciou na
queda das Bolsas americanas.
"Com o mercado lá fora ruim
do jeito que estava, não havia como a Bovespa subir", afirma Luiz
Antonio Vaz das Neves, da corretora Planner.
Além disso, para intensificar a
tensão, houve a notícia de que a
Eletropaulo decidiu propor aos
acionistas a suspensão do pagamento de dividendos e lucro sobre o capital, no valor de R$ 156
milhões, referentes a 2001. As
ações preferenciais da companhia
caíram 5,7%.
A maior queda do dia foi a da
ação preferencial da AES Elpa,
controladora da Eletropaulo, que
teve baixa de 7,7%.
As ações da Embratel fecharam
com boa valorização. A alta foi de
2,6% no papel ordinário e de 2,5%
no preferencial.
Continuam fortes os rumores
no mercado de que haverá a formação de um consórcio de telecomunicações que irá assumir o
controle da companhia.
A expectativa para a divulgação
da equipe econômica do governo
Lula continua presente. Alguns
analistas avaliaram que o fato de o
nome do novo presidente do Banco Central não ter sido divulgado
no fim de semana, como muitos
esperavam, ajudou a piorar o humor do mercado.
O consenso é que, quanto mais
tempo o PT demorar para divulgar o nome do escolhido para o
cargo, crescerá o espaço para especulações com o câmbio, de um
lado. De outro, as operações com
ações tendem a ser reduzidas,
adaptando-se ao ritmo de compasso de espera do mercado.
BM&F
As projeções para os juros no
mercado futuro voltaram a subir.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias
& Futuros), os contratos para
abril de 2003, que reúnem o maior
número de negócios, passaram de
26,76% para 27,04% ao ano.
Na contramão dos outros mercados, o risco-país brasileiro passou por um ajuste e caiu 1,9%, fechando em 1.646 pontos.
(ANA PAULA RAGAZZI)
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