DA REPORTAGEM LOCAL

A retomada pela Bovespa de seus maiores patamares históricos deve elevar o interesse das pessoas pelos investimentos em ações. Os analistas financeiros alertam, porém, de que o cuidado com o mercado acionário deve ser redobrado neste momento.
Como a Bovespa está em seu quinto ano consecutivo de alta, são maiores as possibilidades de atravessar um período de realização de lucros, que ocorre quando os investidores decidem vender de forma mais representativa suas ações para embolsar os ganhos acumulados. E essas quedas podem prejudicar principalmente os investidores que estão chegando agora ao mercado.
"Há uma certa euforia com a Bolsa que exige cautela dos investidores, pois vai haver períodos de vacas magras", afirma o administrador de investimentos Fábio Colombo. "O investidor tem de aprender que há momentos de ganhos mais consistentes e outros em que haverá quedas", completa.
O que os analistas costumam afirmar é que ganho passado não é garantia de ganho futuro. Ou seja, o fato de a Bolsa de Valores estar em alta -são quase 48% de valorização em 2007- não significa que seguirá nesse ritmo por tempo indeterminado.
A Bovespa não encerra um ano com perdas acumuladas desde 2002. Naquele ano, marcado pela turbulenta eleição que levou o petista Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência, o índice Ibovespa teve recuo de 17%. E os dois anos anteriores já haviam sido de perdas: houve recuo de 11% em 2001 e de 10,7% em 2000.
Na última década, as duas maiores valorizações da Bolsa foram em 1999, com ganho de 151,9%, e em 2003, com 97,3%.
A Bolsa marcou na última semana uma nova máxima histórica, ao fechar em 65.790 pontos na quinta. A pontuação acompanha o valor de mercado das empresas. (FV)


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