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Saldo comercial menor exige mais recursos externos
DO ENVIADO ESPECIAL AO RIO
DA SUCURSAL DO RIO
Desde 2001, o país não registrava uma fragilidade tão grande em suas contas externas,
prejudicadas pela queda do saldo comercial de bens e serviços
e pela maior remessa de lucros
e dividendos ao exterior, segundo o IBGE.
A necessidade de financiamento bateu em R$ 11,4 bilhões
no terceiro trimestre, no mesmo nível do terceiro trimestre
de 2001, quando o país vivia a
recessão pelo racionamento de
energia. Ou seja, para fechar
suas contas, o país tem de buscar recursos no exterior.
No terceiro trimestre do ano
passado, o Brasil ainda tinha
uma capacidade de financiamento de R$ 449 milhões -o
que indicava equilíbrio, segundo o IBGE. De 2002 a 2006, o
país registrava crescentes saldos em transações correntes,
graças, especialmente, à melhora da balança comercial.
De acordo com o IBGE, desde o final de 2006 as importações crescem num ritmo mais
acelerado do que as importações -o que culminou na redução do saldo comercial. Na
comparação com o terceiro trimestre de 2007, o saldo externo de bens e serviços sofreu retração de R$ 6,8 bilhões.
Em volume, as importações
cresceram 22,8% no terceiro
trimestre em relação ao mesmo
período do ano passado. Já as
exportações subiram 2%.
As empresas multinacionais
instaladas no Brasil também
destinaram mais recursos para
fora do país. O resultado foi o
aumento de R$ 4,7 bilhões na
renda líquida enviada ao resto
do mundo, puxada especialmente pelo crescimento das remessas de lucros e dividendos.
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