São Paulo, quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Saldo comercial menor exige mais recursos externos

DO ENVIADO ESPECIAL AO RIO
DA SUCURSAL DO RIO

Desde 2001, o país não registrava uma fragilidade tão grande em suas contas externas, prejudicadas pela queda do saldo comercial de bens e serviços e pela maior remessa de lucros e dividendos ao exterior, segundo o IBGE.
A necessidade de financiamento bateu em R$ 11,4 bilhões no terceiro trimestre, no mesmo nível do terceiro trimestre de 2001, quando o país vivia a recessão pelo racionamento de energia. Ou seja, para fechar suas contas, o país tem de buscar recursos no exterior.
No terceiro trimestre do ano passado, o Brasil ainda tinha uma capacidade de financiamento de R$ 449 milhões -o que indicava equilíbrio, segundo o IBGE. De 2002 a 2006, o país registrava crescentes saldos em transações correntes, graças, especialmente, à melhora da balança comercial.
De acordo com o IBGE, desde o final de 2006 as importações crescem num ritmo mais acelerado do que as importações -o que culminou na redução do saldo comercial. Na comparação com o terceiro trimestre de 2007, o saldo externo de bens e serviços sofreu retração de R$ 6,8 bilhões.
Em volume, as importações cresceram 22,8% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. Já as exportações subiram 2%.
As empresas multinacionais instaladas no Brasil também destinaram mais recursos para fora do país. O resultado foi o aumento de R$ 4,7 bilhões na renda líquida enviada ao resto do mundo, puxada especialmente pelo crescimento das remessas de lucros e dividendos.


Texto Anterior: Receita com tributos cresce mais que o PIB
Próximo Texto: Repercussão: Terceiro trimestre "vai deixar saudades", afirma Setubal
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.