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Obama prevê que medidas terão alcance de até 4 milhões de vagas
Revisão de pacote ocorre um dia após a divulgação de alta no desemprego
DA REDAÇÃO
O presidente eleito dos EUA,
Barack Obama, disse que o pacote de estímulo a ser apresentado nos próximos dias pode
salvar ou criar entre 3,3 milhões e 4,1 milhões de empregos no país até o final de 2010,
quase 90% no setor privado.
É a terceira vez que essa meta
não-oficial é revisada, e o anúncio ocorre no dia seguinte à divulgação de que o país perdeu
2,6 milhões de postos de trabalho ao longo do ano passado, o
pior resultado, em termos absolutos, desde 1945.
Durante a campanha presidencial, no ano passado, quando o plano de Obama ainda não
tinha o caráter emergencial
que os dados mais recentes da
economia tornaram necessário, falava-se na criação de 1 milhão de postos de trabalho.
Em novembro, esse número
saltou para 2,5 milhões de vagas. E, no fim do mês passado,
para 3 milhões de empregos.
Estima-se que esse pacote deve
custar ao cofres públicos quase
US$ 800 bilhões até 2010.
Relatório de 14 páginas divulgado ontem pela equipe de
Obama sobre o impacto do plano na criação de empregos afirma, porém, que as estimativas
estão sujeitas a "margens significativas de erro" porque, entre
outros motivos, ainda não se
sabe quais as modificações que
o Congresso fará para aprovar o
pacote do futuro governo.
"Esses números são um claro
aviso de que nós simplesmente
não podemos continuar no
nosso atual caminho", afirmou
Obama em seu programa semanal de rádio e internet. Ele
disse ainda que os empregos serão criados em diferentes setores da indústria e em pequenos
e grandes negócios.
A taxa de desemprego em dezembro saltou para 7,2%, a
maior em 16 anos. Em relação à
população economicamente
ativa, a perda de vagas no ano
passado foi a pior desde 1982.
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