São Paulo, domingo, 11 de janeiro de 2009

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Obama prevê que medidas terão alcance de até 4 milhões de vagas

Revisão de pacote ocorre um dia após a divulgação de alta no desemprego

DA REDAÇÃO

O presidente eleito dos EUA, Barack Obama, disse que o pacote de estímulo a ser apresentado nos próximos dias pode salvar ou criar entre 3,3 milhões e 4,1 milhões de empregos no país até o final de 2010, quase 90% no setor privado.
É a terceira vez que essa meta não-oficial é revisada, e o anúncio ocorre no dia seguinte à divulgação de que o país perdeu 2,6 milhões de postos de trabalho ao longo do ano passado, o pior resultado, em termos absolutos, desde 1945.
Durante a campanha presidencial, no ano passado, quando o plano de Obama ainda não tinha o caráter emergencial que os dados mais recentes da economia tornaram necessário, falava-se na criação de 1 milhão de postos de trabalho.
Em novembro, esse número saltou para 2,5 milhões de vagas. E, no fim do mês passado, para 3 milhões de empregos. Estima-se que esse pacote deve custar ao cofres públicos quase US$ 800 bilhões até 2010.
Relatório de 14 páginas divulgado ontem pela equipe de Obama sobre o impacto do plano na criação de empregos afirma, porém, que as estimativas estão sujeitas a "margens significativas de erro" porque, entre outros motivos, ainda não se sabe quais as modificações que o Congresso fará para aprovar o pacote do futuro governo.
"Esses números são um claro aviso de que nós simplesmente não podemos continuar no nosso atual caminho", afirmou Obama em seu programa semanal de rádio e internet. Ele disse ainda que os empregos serão criados em diferentes setores da indústria e em pequenos e grandes negócios.
A taxa de desemprego em dezembro saltou para 7,2%, a maior em 16 anos. Em relação à população economicamente ativa, a perda de vagas no ano passado foi a pior desde 1982.


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