São Paulo, domingo, 11 de janeiro de 2009

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30% dos grupos sobrevivem à troca de comando

DA REPORTAGEM LOCAL

Levantamento feito pelo Núcleo de Estudos de Empresas Familiares da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) indica que 30% das companhias fechadas sobrevivem à transmissão de comando da primeira para a segunda geração. Entre elas, só 10% das empresas familiares resistem à passagem para a terceira quando a sucessão não é planejada.
"Os conflitos entre herdeiros são os principais motivos para a queda das empresas", afirma Eduardo Najjar, coordenador do núcleo. Um exemplo é da família do senador Antônio Carlos Magalhães, proprietário da Rede Bahia de rádio e televisão, morto em julho de 2007. O espólio, que incluía o patrimônio pessoal, colocou em lados opostos a filha e o restante da família. Há casos em que a disputa interna entre os familiares é tão acirrada que a última alternativa é a justiça.
Esses processos, invariavelmente, são longos e de desfecho imprevisível. Os custos podem inclusive corroer o capital familiar. As desavenças desviam o foco dos negócios e, como essas companhias têm gestão familiar, seu desempenho também é afetado. Há casos de empresas que perderam 10% de participação de mercado em três anos.
Existem ainda casos em que, depois de passar o comando da companhia a um executivo recrutado no mercado, os herdeiros retomam a direção. Foi o que aconteceu no ano passado com a fabricante de bebidas Schincariol e com a construtora WTorre e, mais recentemente, com o grupo Bertin.
(JULIO WIZIACK e DENYSE GODOY)


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