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China tem 1ª alta em exportação em 14 meses
Reação das vendas externas chinesas sinaliza para avanço na recuperação da economia internacional
DA REDAÇÃO
As exportações chinesas subiram em dezembro pela primeira vez em 14 meses, sinalizando o avanço da recuperação
econômica global -mas, também, renovando as pressões sobre Pequim para que o yuan, a
moeda chinesa, seja apreciado.
Seguindo os dados positivos
já divulgados pelos vizinhos
Coreia do Sul e Taiwan, o governo chinês anunciou ontem
que o volume exportado subiu
17,7% ante o mesmo mês do
ano anterior, totalizando US$
130,7 bilhões. Em novembro de
2008, as exportações haviam
caído 2,2% -a queda se arrastaria pelos meses seguintes, puxada pela contração global.
"A recuperação global está
ganhando espaço e o momento
de os países retirarem medidas
de estímulo pode vir antes do
esperado, incluindo para a China", disse Wang Hu, economista do Guotai Junan Securities.
"Importações em alta são mais
uma prova de que a economia
chinesa pode encarar um perigo de superaquecimento."
Na semana passada, o BC
chinês elevou a taxa de juros de
seus títulos de três meses pela
primeira vez desde agosto, após
anunciar que manterá maior
controle sobre crédito, temendo o estouro de bolhas.
Em dezembro, as importações atingiram alta recorde
(US$ 112,3 bilhões): 55,9% ante
o mesmo período do ano passado, no sinal mais recente do aumento da demanda interna chinesa, embora os dados também
tragam preocupações sobre o
potencial de pressão inflacionária, segundo analistas.
A retomada do crescimento
das exportações já era esperada
pelo mercado -mas, embora a
comparação anual tenha sido
inflada pela base baixa de dezembro de 2008, tanto os dados
de exportação quanto os de importação foram muito mais fortes do que o previsto.
Andy Rothman, economista-chefe para a China da CLSA,
afirma que uma retomada das
exportações era necessária, para que Pequim possa recomeçar sua política de apreciação
gradual do yuan, suspensa mais
de um ano atrás, no auge da crise. Se as exportações continuarem em alta, líderes chineses
terão estofo político para retomar a apreciação do yuan em
meados do ano, com possível
valorização de 3% em 2010.
O resultado favorável -que,
no acumulado do ano, alçou o
país ao posto de maior exportador do mundo em 2009, desbancando a Alemanha- se deve a vários fatores, dentre eles o
yuan desvalorizado. A moeda
chinesa é atrelada ao dólar, que
se desvalorizou fortemente no
ano passado, favorecendo as
exportações chinesas -que
ainda se sustentaram em meio
à crise por terem muitos produtos de baixo valor agregado.
Apesar desses sinais de fortalecimento da economia chinesa, o presidente Hu Jintao disse, em evento público no fim de
semana, que o país continuará
"pró-ativo" nas políticas fiscais
e "moderadamente solto" nas
políticas monetárias.
No ano passado, Pequim
usou políticas fiscais para elevar as vendas de carros -o que
contribuiu para que o país tenha sido alçado a outro posto
de liderança: maior mercado de
automóveis do mundo.
Com agências internacionais
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