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GM vai demitir 10 mil no mundo e reduzir salários
Medida faz parte do plano de reestruturação que será apresentado ao governo americano
Cortes atingem 14% da mão-de-obra da empresa; no Brasil, General Motors disse não ter informação sobre impactos da medida
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A General Motors decidiu
cortar 10 mil postos de trabalho
na área administrativa ao redor
do mundo e impor reduções salariais a parte de seus funcionários nos Estados Unidos no decorrer deste ano.
A medida faz parte do programa de reestruturação da
montadora que será apresentado ao governo dos EUA na semana que vem. O plano será decisivo para a GM garantir a continuidade da ajuda bilionária
do governo daquele país.
Ao longo de 2009, a montadora deve diminuir de 73 mil
para 63 mil seu quadro de funcionários administrativos -um
enxugamento de 14%. Já o pagamento de seus executivos
nos EUA sofrerá corte de 10%,
enquanto outros empregados
terão uma redução de 3% a 7%
no país. Haverá também revisão de pagamentos e benefícios
fora dos Estados Unidos.
A assessoria de imprensa da
GM do Brasil disse que ainda
não há informações sobre os
impactos da medida no país.
"Essas duras ações são necessárias por conta da severa queda nas vendas de veículos no
mundo e da necessidade de
reestruturação da GM para garantir viabilidade a longo prazo", afirmou a montadora, por
meio de comunicado.
Em janeiro, as vendas da GM
caíram 49% nos EUA. Como resultado, os executivos da GM
vêm afirmando que a companhia fará um corte de custos
mais profundo sob o plano de
reestruturação que será submetido ao governo dos EUA e
que poderá garantir mais empréstimos dentro do pacote de
socorro às montadoras.
Detalhes
Na semana passada, a GM
abriu um programa de demissão voluntária e ofereceu aposentadoria antecipada a seus
trabalhadores horistas. Há três
meses, a montadora eliminou
5.100 postos também por meio
de demissão voluntária.
Desta vez, porém, o corte se
dá por meio de dispensas involuntárias. "Pode ser que haja
oportunidades para saídas voluntárias, mas [as demissões]
são essencialmente involuntárias", afirmou o porta-voz da
GM, Tom Wilkinson.
Nos EUA, serão fechados
3.400 dos 29.500 cargos administrativos da GM até maio.
Wilkinson explicou que os
cortes não serão lineares, pois
estarão baseados nas necessidades de pessoal em cada departamento. A General Motors
poderá, por exemplo, contratar
mais engenheiros para o desenvolvimento de veículos que são
movidos a bateria.
De acordo com ele, alguns
países poderão sofrer cortes
mais significativos, a depender
do comportamento das vendas
nesses mercados.
Com agências internacionais
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