São Paulo, quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

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GM vai demitir 10 mil no mundo e reduzir salários

Medida faz parte do plano de reestruturação que será apresentado ao governo americano

Cortes atingem 14% da mão-de-obra da empresa; no Brasil, General Motors disse não ter informação sobre impactos da medida


COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A General Motors decidiu cortar 10 mil postos de trabalho na área administrativa ao redor do mundo e impor reduções salariais a parte de seus funcionários nos Estados Unidos no decorrer deste ano.
A medida faz parte do programa de reestruturação da montadora que será apresentado ao governo dos EUA na semana que vem. O plano será decisivo para a GM garantir a continuidade da ajuda bilionária do governo daquele país.
Ao longo de 2009, a montadora deve diminuir de 73 mil para 63 mil seu quadro de funcionários administrativos -um enxugamento de 14%. Já o pagamento de seus executivos nos EUA sofrerá corte de 10%, enquanto outros empregados terão uma redução de 3% a 7% no país. Haverá também revisão de pagamentos e benefícios fora dos Estados Unidos.
A assessoria de imprensa da GM do Brasil disse que ainda não há informações sobre os impactos da medida no país.
"Essas duras ações são necessárias por conta da severa queda nas vendas de veículos no mundo e da necessidade de reestruturação da GM para garantir viabilidade a longo prazo", afirmou a montadora, por meio de comunicado.
Em janeiro, as vendas da GM caíram 49% nos EUA. Como resultado, os executivos da GM vêm afirmando que a companhia fará um corte de custos mais profundo sob o plano de reestruturação que será submetido ao governo dos EUA e que poderá garantir mais empréstimos dentro do pacote de socorro às montadoras.

Detalhes
Na semana passada, a GM abriu um programa de demissão voluntária e ofereceu aposentadoria antecipada a seus trabalhadores horistas. Há três meses, a montadora eliminou 5.100 postos também por meio de demissão voluntária.
Desta vez, porém, o corte se dá por meio de dispensas involuntárias. "Pode ser que haja oportunidades para saídas voluntárias, mas [as demissões] são essencialmente involuntárias", afirmou o porta-voz da GM, Tom Wilkinson.
Nos EUA, serão fechados 3.400 dos 29.500 cargos administrativos da GM até maio.
Wilkinson explicou que os cortes não serão lineares, pois estarão baseados nas necessidades de pessoal em cada departamento. A General Motors poderá, por exemplo, contratar mais engenheiros para o desenvolvimento de veículos que são movidos a bateria.
De acordo com ele, alguns países poderão sofrer cortes mais significativos, a depender do comportamento das vendas nesses mercados.


Com agências internacionais


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