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Otimismo sobe, e Bolsa avança 0,58%; dólar cai a R$ 1,77
BC volta a atuar forte no câmbio
e compra US$ 800 mi em 3 dias
TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL
Os mercados globais tiveram
ontem um segundo dia de trégua no pessimismo, o que levou
parte dos analistas a arriscar
palpites sobre a formação de
novo consenso de uma recuperação lenta nos preços de ações,
commodities e ativos de risco.
No Brasil, a renovação da
confiança derrubou o dólar comercial, que encerrou ontem a
R$ 1,773, com baixa de 0,51%
-no mês, a moeda já "devolveu" 1,88% da valorização.
Mesmo assim, o dólar ainda
acumula alta de 1,72% no ano.
A Bolsa de Valores de São
Paulo avançou mais 0,58% no
Ibovespa, que encostou em 70
mil pontos -o índice terminou
ontem a 69.979 pontos.
De acordo com o consultor
Milton Wagner, da Wagner Investimentos, o pacote fiscal na
Grécia, a recuperação do emprego nos Estados Unidos e o
bom desempenho das exportações na China levaram os mercados domésticos a romper
dois "patamares de resistência": o dólar a R$ 1,795 e o Ibovespa a 68.400.
Na avaliação da consultoria,
se o novo cenário se solidificar,
o dólar pode descer para o nível
entre R$ 1,70 e R$ 1,72, enquanto a Bolsa poderá subir até 73
mil pontos. A consultoria projeta cenários com base no comportamento de diferentes investidores -fundos de pensão,
de hedge e de curto prazo.
Para Mirian Tavares, diretora da corretora AGK, no entanto, ainda é cedo para falar em
novos cenários para os mercados, que, de acordo com ela, deverão continuar voláteis nos
próximos dias "com os preços
dos ativos financeiros dentro
de patamares previsíveis e relativamente estáveis, alternando
o viés positivo com o negativo".
Câmbio
O Banco Central voltou a
atuar no câmbio, depois de ficar
praticamente fora nas últimas
seis semanas, período de alta
volatilidade. Entre o dias 3 e 5, a
autoridade monetária comprou US$ 800 milhões, 130%
mais do que em todo o mês de
fevereiro. As intervenções foram realizadas mesmo com saída de recursos na primeira semana do mês -os dólares repatriados superaram a entrada
em US$ 1,2 bilhão.
No ano, o fluxo de dólares está negativo em US$ 530 milhões, próximo do resultado registrado no mesmo período de
2009, uma saída de US$ 680
milhões. Diferentemente do
ano passado, no entanto, esse
resultado se deve a uma piora
na área de comércio exterior, e
não a uma perda de recursos na
área financeira.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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