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Campanha valoriza a propaganda
Iniciativa é resposta a projetos de
lei que tentam restringir o setor
Presidente de associação diz
que segmento não pode
ficar passivo e precisa se
defender "dos ataques
do governo e das ONGs"
MARIANA BARBOSA
DA REPORTAGEM LOCAL
Em resposta aos mais de 150
projetos de lei em tramitação
no Congresso com propostas
para regulamentar a propaganda, as agências de publicidade e
os anunciantes resolveram se
unir em defesa do "direito de
anunciar". Com a campanha
"Propaganda. Faz Diferença", a
Abap (Associação Brasileira de
Agências de Publicidade) e a
Aba (Associação Brasileira de
Anunciantes) querem valorizar
a propaganda e destacar a sua
relevância para a sociedade.
"A boa propaganda educa, informa e entretém, unindo marcas e consumidores", afirma o
publicitário Luiz Lara, presidente da Abap.
Para Ricardo Bastos, presidente da Aba, o setor não pode
ficar passivo e precisa se defender "dos ataques do governo e
das ONGs". "O objetivo é informar o consumidor e a sociedade sobre a importância da propaganda."
A campanha é assinada pela
agência AlmapBBDO, que trabalhou de forma voluntária, e
será veiculada de forma igualmente gratuita pela mídia. São
seis comerciais, com anúncios,
peças de rádio, de mídia exterior e digital.
Em uma das peças, um jovem
assistindo à televisão conversa
com um amigo sobre propaganda, dizendo que não serve
para nada. Então ele recebe
uma ligação após ter anunciado
a venda de um carro e se transforma em um "publicitário",
valorizando os atributos do seu
carro. "A boa propaganda estimula a competição e melhora a
qualidade dos produtos", afirma Marcello Serpa, da AlmapBBDO.
Publicidade infantil
Com a campanha, o setor
quer fortalecer o Conar (Conselho de Autorregulamentação
Publicitária) e tentar convencer o Congresso a não impor limites ao conteúdo ou à veiculação de propagandas.
Um dos projetos de lei mais
polêmicos previa, originalmente, a proibição total da propaganda destinada às crianças das
6h às 21h. "O projeto já foi bastante modificado e agora está
na Comissão de Constituição e
Justiça. Ele traz algumas regulamentações, mas está longe da
proibição total, como previa a
proposta original", afirma o deputado Milton Monti (PR-SP),
da Frente Parlamentar de Comunicação Social.
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