|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SINAIS MISTOS
IGP-DI registra maior alta desde março de 2003
DA SUCURSAL DO RIO
A inflação de abril medida pelo
IGP-DI (Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna), divulgado ontem pela FGV (Fundação
Getúlio Vargas), apresentou alta
de 1,15%, a maior do índice desde
março do ano passado (1,66%).
Em relação a março deste ano
(0,93%), houve alta de 0,22 ponto
percentual. O IGP-DI acumula alta de 4,02% neste ano e de 5,71%
em 12 meses.
A alta de abril foi mais uma vez
liderada pelo atacado. O IPA (Índice de Preços por Atacado), com
peso de 60% no índice geral, subiu 1,57%, contra 1,09% em março. Combustíveis (passaram de
queda de 3,95% para alta de
0,80%) e remédios (de zero para
6,67%) tiveram peso decisivo.
A aceleração no atacado foi liderada pelos preços industriais, que
aumentaram 1,86%, quase o dobro da alta do mês anterior
(0,84%). Os produtos agrícolas
aumentaram 0,8% -ante 1,48%
no mês anterior.
Já os preços da indústria extrativa mineral, que haviam aumentado 3,96% em março e liderado a
aceleração do IPA, seguiram com
aumento forte, mas já em desaceleração. A alta em abril ficou em
3,10%.
Os preços dos bens da indústria
de transformação mais que dobraram em relação ao mês anterior e chegaram a 1,83% de alta,
contra 0,86% em março.
"O IPA é sempre um sinal de
alerta, mas não há, neste momento, nenhum sinal de aumento indiscriminado de preços, e a possibilidade de repasse é pequena",
afirmou Salomão Quadros, coordenador de Análises Econômicas
da FGV.
Para ele, nem a inflação nem a
turbulência no mercado financeiro são motivos para o BC (Banco
Central) interromper a trajetória
de queda dos juros, ainda que em
velocidade reduzida.
Varejo
No varejo, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), que corresponde a 30% do IGP-DI, mostrou
desaceleração no mês passado e
caiu para 0,31%, contra 0,46% em
março.
Os alimentos, cujos preços aumentaram apenas 0,12% (haviam
subido 0,94% em março), deram
a maior contribuição para o bom
desempenho da inflação no varejo. Já o grupo vestuário, com a
chegada às lojas das coleções de
inverno, exerceram forte pressão
de alta, ao passar de uma queda
de preços de 0,6% para uma alta
de 0,93%.
Ocorreu também uma forte desaceleração no INCC (Índice Nacional de Custo da Construção),
responsável por 10% na composição do IGP-DI. A variação no mês
passado foi de 0,59%, contra
1,16% em março.
Texto Anterior: Crise no ar: DAC proíbe passagem aérea da Gol a R$ 50 Próximo Texto: Termômetro: Mercado reduz projeção para investimentos Índice
|