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MERCADO ABERTO
Bancos apostam em freada nos juros
Apesar da queda da inflação e
do dólar baixo, o ritmo de
queda dos juros básicos (Selic) pelo Copom deve sofrer
uma parada brusca. Foi o que
constatou pesquisa da Febraban
feita com 50 bancos na primeira
semana deste mês.
O levantamento da Febraban
projeta que a taxa Selic fique em
dezembro deste ano em 14,13%,
um resultado muito próximo dos
14,14% previstos na pesquisa do
mês anterior. Como a Selic está,
atualmente, em 15,75%, ainda
sobra muito tempo até dezembro para a taxa cair para os
14,13% previstos pela Febraban.
A tendência, segundo a pesquisa, é mesmo a de o BC frear o
processo de redução do juro, o
que não deve agradar ao ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Em entrevista à Folha no domingo passado, Mantega afirmou que a sintonia da Fazenda
com o BC depende da queda dos
juros. "Enquanto o BC baixar os
juros, estaremos sintonizados,
perfeitamente sintonizados",
disse o ministro. O presidente do
Banco Central, Henrique Meirelles, não gostou da declaração.
Segundo Roberto Luís Troster,
economista da Febraban, a grande preocupação dos bancos é
com o desempenho fiscal do governo. Em ano de eleições, os
bancos temem uma piora da situação fiscal. A pesquisa aposta
num superávit primário de
4,29%, o mesmo resultado do levantamento do mês passado.
Já a estimativa de inflação (IPCA) caiu de 4,47% para 4,37%
neste ano entre as pesquisas de
abril e maio, abaixo, portanto, do
centro da meta estipulada, de
4,5%. O câmbio fecha o ano em
R$ 2,18 por dólar, um valor ainda
mais baixo dos R$ 2,22 previstos
na pesquisa de abril. A bola de
cristal da Febraban aposta num
crescimento do PIB de 3,56%,
praticamente igual aos 3,55%
projetados em abril.
ARRIBA
A Associação Empresarial Mexicana no Brasil tem novo presidente. Ernesto Silva (foto), diretor-geral da Coca-Cola Femsa
Mercosul e presidente do conselho administrativo da Femsa Cerveja Brasil, assume o cargo hoje. A entidade, fundada na visita do
presidente do México, Vicente Fox, ao Brasil, em 2004, possui cerca de 50 associados. "Nossos planos são fortalecer e consolidar as
relações entre o México e o Brasil, além de promover novas oportunidades comerciais e contribuir para a geração de novos negócios entre as duas maiores potências econômicas da América Latina", diz Silva. Na última década, o comércio entre os países passou
de US$ 1,313 bilhão em 1993 para US$ 3,274 bilhões em 2003. A solenidade acontecerá na sede da Coca-Cola Femsa em SP.
GURU NO VÍDEO
Robert Kaplan, "guru" da
Harvard Business School, fala
hoje por videoconferência a
executivos brasileiros sobre
seu novo livro "Alinhamento", em evento organizado
pela Symnetics. A obra pretende mostrar caminhos para
empresas conquistarem alinhamento estratégico de todos os "players" que atuam
nas cadeias econômicas em
que estão inseridas. Kaplan
conquistou notoriedade nos
anos 80 por conta do Balanced Scorecard, método que
ajuda empresas a colocar em
prática planos de negócios.
SAIA JUSTA
Empresários do setor calçadista não gostaram muito de ser recebidos pelo segundo escalão do
governo, enquanto as montadoras se reuniam com o primeiro.
PONTE AÉREA
O senador Sérgio Cabral Filho,
candidato do PMDB ao governo
do Rio, causou boa impressão a
empresários paulistas em jantar
promovido na segunda-feira, na
casa de João Dória Júnior.
NOVO ESPAÇO
De olho na crescente demanda corporativa da região da Berrini, em São Paulo, a rede de hotéis Estamplaza acaba de inaugurar
uma unidade na Chácara
Santo Antônio, aliada a um
centro de eventos com capacidade para até mil pessoas.
O empreendimento, que demandou R$ 2 milhões em
investimentos, contará com
o recém-criado "pacote" de
serviços agregados que visa
ser o diferencial da rede em
relação a outras do ramo de
hotelaria corporativa na cidade, com a oferta de atividades típicas de resorts e
"coffee breaks" temáticos
em eventos, por exemplo.
"Se uma empresa quer realizar um evento em um hotel e
oferecer opções de lazer, tem
que sair de São Paulo. Nosso
objetivo é quebrar esse paradigma e tornar o hotel, mesmo que na cidade, um espaço encantador", diz Lucio
Suriani, diretor da rede.
CLÁUSULA
O contrato de venda do Pactual
inovou ao condicionar parte do
pagamento a metas de lucro e receita a serem atingidas em cinco
anos. Segundo Francisco Müznick, sócio do escritório Barbosa,
Müznick & Aragão Advogados,
que assessorou o banco, se apenas a meta de lucro for atingida,
os ex-donos do Pactual, que continuarão no comando, perdem
20% do US$ 1,6 bilhão a ser pago
no prazo. Se apenas a meta de receita for atingida, perderão 50%.
TROCA DE COMANDO
A Telemar anuncia hoje mudança de comando na empresa.
Luiz Eduardo Falco, da Oi, assume a presidência, e Ronaldo Iabrudi vai para o conselho. A mudança já estava prevista desde
que a companhia anunciou a
operação de pulverização das
ações. Para isso, a ação preferencial da empresa de telefonia, que
está em R$ 38, precisa atingir R$
42,50, enquanto a ordinária necessitaria chegar a R$ 111 -
atualmente está em R$ 87,70.
ELEITO
Renê Garcia, superintendente
da Susep, foi eleito, em Lisboa,
presidente para a América Latina da Associação Internacional
de Supervisão de Seguros. A primeira ação de Garcia no cargo
foi trazer a reunião da organização em 2007 para o Brasil.
ARTE ITALIANA
A exposição "Luz e Sombra na
Pintura Italiana entre o Renascimento e o Barroco", que ficou 30
dias na Pinacoteca de São Paulo,
recebeu mais de 62 mil visitantes. O evento bancado pela TIM,
com 65 pinturas de artistas como
Tiziano e El Greco, abre ao público hoje no Rio, no Paço Imperial.
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