São Paulo, quinta-feira, 11 de maio de 2006

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"Poderia ter sido consultado", diz Garcia

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

"O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela poderia ter me consultado a respeito disso. Não falei o que a nota diz. Nunca trataria um chefe de Estado dessa forma, menos ainda um chefe de Estado de um país amigo", disse o assessor especial da Presidência brasileira para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, a respeito da nota do governo venezuelano divulgada ontem.
Em entrevista à Folha, publicada no domingo, Garcia marcou diferenças com a política externa da Venezuela, dizendo que o Brasil não desejava "guerra fria na América Latina". Foi menção ao clima beligerante no relacionamento de Chávez com os EUA.
A respeito de Evo Morales, Garcia afirmou que, qualquer que fosse o presidente eleito, a nacionalização seria feita. Segundo ele, essa foi uma promessa de campanha de todos os candidatos.
A respeito de Hugo Chávez, Garcia disse não acreditar que o presidente da Venezuela tenha tentado tutelar Morales. Afirmou, porém, que Chávez era "voluntarioso", que discordava de algumas de suas manifestações, mas que ele e Lula tinham liberdade de fazer eventuais críticas ao venezuelano "na condição de amigos".
O Itamaraty reafirmou, por meio de sua assessoria, as declarações do ministro Celso Amorim sobre as ações do presidente Chávez antes de a Bolívia anunciar a nacionalização e disse que não comentaria a nota da Venezuela.


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