São Paulo, sexta-feira, 11 de maio de 2007

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FINANCIAMENTO

BNDES aprova R$ 462 milhões para nova unidade da Sadia

DA SUCURSAL DO RIO

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou financiamento de R$ 462,5 milhões para a Sadia. Os recursos serão usados para a construção de um complexo agroindustrial em Lucas do Rio Verde (MT). A participação do banco atinge 67% do investimento total, de R$ 692,7 milhões.
Com a operação, a Sadia acumula financiamentos aprovados de R$ 1,4 bilhão, desde 2005. Ela tem entre seus acionistas o ex-ministro do Desenvolvimento Luiz Fernando Furlan, que exerceu também o cargo de presidente do conselho de administração do BNDES.
Em 2005, Furlan e seus familiares se afastaram do bloco de controle da Sadia para permitir um financiamento de R$ 974 milhões do BNDES. Até hoje, o montante figura como o maior empréstimo já concedido pelo banco a uma empresa do setor de alimentos. A Perdigão, principal concorrente da Sadia, tem financiamentos de R$ 220 milhões em operações aprovadas desde 2004.
A lei define que o BNDES não pode fazer empréstimos para empresas que empreguem membros da diretoria ou do conselho que sejam detentores de mais de 10% de ações e participantes do bloco de controle.
Furlan está em quarentena, segue afastado do bloco de controle e só poderá voltar à Sadia a partir de julho, segundo a empresa.
"O financiamento anterior se referia a uma gama de investimentos em diversas unidades, com projetos de ampliação, reposição de equipamentos e modernização. O novo pedido se refere à construção de uma nova unidade", afirmou Jorge Kalache, superintendente da área industrial do BNDES. Segundo ele, as duas empresas com mais financiamentos no setor de alimentos são Sadia e Perdigão.
O pedido de financiamento atual começou a tramitar no banco em novembro do ano passado. A aprovação ocorreu ainda na gestão de Demian Fiocca, mas a contratação foi assinada pelo novo presidente do banco, Luciano Coutinho.
O complexo contará com um frigorífico para abate diário de 500 mil aves e outro para abate diário de 5.000 cabeças de suínos. De acordo com o banco, serão criados 6.000 empregos diretos. (JL)


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