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FINANCIAMENTO
BNDES aprova R$ 462 milhões para nova unidade da Sadia
DA SUCURSAL DO RIO
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social) aprovou financiamento de R$
462,5 milhões para a Sadia.
Os recursos serão usados para a construção de um complexo agroindustrial em Lucas do Rio Verde (MT). A
participação do banco atinge
67% do investimento total,
de R$ 692,7 milhões.
Com a operação, a Sadia
acumula financiamentos
aprovados de R$ 1,4 bilhão,
desde 2005. Ela tem entre
seus acionistas o ex-ministro
do Desenvolvimento Luiz
Fernando Furlan, que exerceu também o cargo de presidente do conselho de administração do BNDES.
Em 2005, Furlan e seus familiares se afastaram do bloco de controle da Sadia para
permitir um financiamento
de R$ 974 milhões do
BNDES. Até hoje, o montante figura como o maior empréstimo já concedido pelo
banco a uma empresa do setor de alimentos. A Perdigão,
principal concorrente da Sadia, tem financiamentos de
R$ 220 milhões em operações aprovadas desde 2004.
A lei define que o BNDES
não pode fazer empréstimos
para empresas que empreguem membros da diretoria
ou do conselho que sejam detentores de mais de 10% de
ações e participantes do bloco de controle.
Furlan está em quarentena, segue afastado do bloco
de controle e só poderá voltar à Sadia a partir de julho,
segundo a empresa.
"O financiamento anterior
se referia a uma gama de investimentos em diversas
unidades, com projetos de
ampliação, reposição de
equipamentos e modernização. O novo pedido se refere
à construção de uma nova
unidade", afirmou Jorge Kalache, superintendente da
área industrial do BNDES.
Segundo ele, as duas empresas com mais financiamentos no setor de alimentos são
Sadia e Perdigão.
O pedido de financiamento atual começou a tramitar
no banco em novembro do
ano passado. A aprovação
ocorreu ainda na gestão de
Demian Fiocca, mas a contratação foi assinada pelo novo presidente do banco, Luciano Coutinho.
O complexo contará com
um frigorífico para abate diário de 500 mil aves e outro
para abate diário de 5.000
cabeças de suínos. De acordo
com o banco, serão criados
6.000 empregos diretos.
(JL)
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