São Paulo, terça-feira, 11 de maio de 2010

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Mercado aquecido eleva importações

DA REPORTAGEM LOCAL

Aumento de consumo e taxa de câmbio favorável à importação elevaram as compras de eletrodomésticos no exterior.
De janeiro a abril deste ano, foram importados US$ 1,09 bilhão de máquinas e aparelhos de uso doméstico. Em igual período do ano passado, esse valor foi de US$ 476 milhões.
"Neste momento está valendo mais a pena para algumas empresas importar eletrodomésticos e eletroportáteis do que produzir no país", diz José Augusto de Castro, da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).
No ano passado, o país importou US$ 20 milhões em geladeiras com congeladores; no primeiro trimestre esse valor já soma US$ 13,9 milhões. No caso de fogões, foram US$ 31,1 milhões em 2009 e US$ 11,5 milhões nos primeiros três meses deste ano.
"Tudo indica que as importações vão continuar subindo. Isso só muda se a crise na Europa se acentuar e o Brasil elevar a taxa de câmbio, o que pode conter as compras no exterior."
Entretanto, os fabricantes informam que, com o fim do IPI reduzido para a linha branca, houve alta de preço dos produtos.
Com aumentos de preço de aço, resinas e cobre, as indústrias sofrem pressão de custos que pode resultar em alta de preços.
"Com certeza, se o IPI reduzido se mantivesse e não houvesse pressão de custos de matérias-primas, poderíamos vender mais neste ano", diz Ricardo Cons, da Electrolux. "A pressão de custos varia e estamos em negociações com os fornecedores", diz Armando Ennes Valle Jr., diretor da Whirlpool. (FF)


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