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MERCADO ABERTO
Bresser propõe novo desenvolvimentismo
O modelo neoliberal adotado
pelos países da América Latina
nas últimas décadas já está esgotado, e agora é hora de apostar em uma nova forma de crescimento econômico, o "novo
desenvolvimentismo".
A tese é defendida pelo economista Luiz Carlos Bresser-Pereira, em texto ainda inédito
de 35 páginas intitulado "O novo desenvolvimentismo e a ortodoxia convencional".
No documento, Bresser define o novo desenvolvimentismo
como uma estratégia nacional
de desenvolvimento. "É a maneira por meio da qual países
como o Brasil podem competir
com êxito com os países ricos e
até alcançá-los", diz.
Bresser afirma que esse novo
modelo não guarda relação
com o nacional-desenvolvimentismo dos anos 50, que estava baseado, principalmente,
na política de substituição de
importações e foi superado.
O antigo desenvolvimentismo foi substituído pela ortodoxia convencional, que é definido da seguinte forma por Bresser: "Uma ideologia exportada
para os países em desenvolvimento; uma antiestratégia nacional que atende aos interesses dos países ricos em neutralizar a capacidade competitiva
desses países". Bresser vai mais
longe: "É como se o Wal-Mart
desse conselhos para o Pão de
Açúcar".
Para Bresser, o que se vê agora, 20 anos depois, é o fracasso
da ortodoxia convencional em
promover o desenvolvimento
econômico na América Latina.
Entre os anos 50 e 80, período
do antigo desenvolvimentismo,
a renda per capita no Brasil
cresceu 4% ao ano, e, desde então, o crescimento tem sido
bem menor.
Bresser define o novo desenvolvimentismo como o conjunto de idéias que permite às nações em desenvolvimento rejeitar propostas e pressões dos
países ricos de reforma e de política econômica.
Para Bresser-Pereira, uma
das principais diferenças entre
os dois modelos é a forma de financiar o crescimento. Enquanto na ortodoxia convencional se obtém o crescimento
com base na poupança externa,
no novo desenvolvimentismo o
objetivo é crescer por meio da
poupança interna, a exemplo
da China. "O que a história ensina é que os países desenvolveram-se quase que exclusivamente com recursos internos."
Para isso, o novo desenvolvimentismo, entre outros pilares,
defende taxas moderadas de juros; equilíbrio intertemporal
nas contas externas; abertura
comercial com política industrial; e crescimento baseado na
poupança interna. Assim como
no modelo neoliberal, o novo
desenvolvimentismo considera fundamental o ajuste fiscal.
"O que não aceitamos é o populismo cambial da ortodoxia
convencional."
SUANDO A CAMISA
O publicitário Washington Olivetto vai anunciar nos próximos dias uma série de inovações na W/Brasil, em comemoração aos 20 anos da agência, dia 7 de julho. Se, em 1986,
quando nasceu, a W/Brasil revolucionou ao acabar com as
salas individuais, agora a agência vai lançar uma nova bossa.
Vai derrubar as paredes do prédio para criar um espaço para
o lazer. Será construída uma quadra poliesportiva para os
publicitários poderem jogar tênis e futebol, isso durante o
expediente, claro. "Até não gosto dessa idéia, mas esse pessoal da propaganda extrapola no trabalho, vira a noite, precisa de lazer", diz Olivetto. A festa será no 21º aniversário,
quando as mudanças ficarem prontas.
SOB IMPACTO
A violência em São Paulo
em maio ainda surte efeito.
Segundo dados da Fecomercio SP, o índice de confiança
do consumidor caiu 5,5% em
junho em comparação ao
mês anterior. Entre os consumidores com renda superior a dez salários mínimos o
impacto foi ainda maior,
queda de 13,8%.
CORRIDA VIP
Conhecido pelo mix de marcas nacionais e internacionais
de luxo, o shopping Iguatemi agora quer desenvolver o conceito de saúde e bem-estar. A primeira ação será uma corrida, batizada de "Fashion Run", em 16 de julho, nas ruas do
Jardim Paulistano (SP). "Serão 1.200 participantes, entre
empresários, modelos e clientes, todos tratados como VIP",
diz Andrea Gusmão, gerente de marketing do shopping.
BRASIL ON-LINE
Em um mês, o Google
mostrou o link patrocinado
do Braziltour.com, da Embratur, mais de 135 milhões
de vezes em 14 países. Dentre as pessoas que viram os
anúncios, 165.846 visitaram
o site. Isso reforçou a média
de visitação, totalizando
390.385 pessoas em maio, o
dobro da média mensal.
CORTE ITALIANO
A grife italiana Matt-Davis chega ao Brasil na próxima quarta-feira. Ela faz parte do elenco do shopping sazonal Market Plaza, em
Campos do Jordão, que será
inaugurado nesta semana. O
diretor de TV Wolf Maia está à frente da marca, especializada em jeans e malhas,
no país.
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