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"O que é pagar R$ 200
para quem vai ganhar
R$ 4.000?", diz estudante
DA REPORTAGEM LOCAL
Seis em cada dez estudantes que aderem ao crédito
educativo privado para estudar trabalham.
Há nove anos nos Correios, Fábio de Souza Andrade, 29, começou na estatal
como operador de triagem.
Depois, foi trabalhar no setor de recursos humanos, na
organização dos campeonatos internos. Tomou gosto
pela organização de jogos,
que acontecem geralmente
aos sábados e domingos, e
decidiu estudar gestão de esporte na São Marcos.
Como a mensalidade de
R$ 685 da faculdade consumiria metade de seu orçamento, resolveu procurar
um financiamento educativo. Assumiu então uma dívida fixa de R$ 349,45 mensais, reajustada pelo IPCA,
por quatro anos -o dobro da
duração do curso.
"Não é só pagar a mensalidade. Tem transporte, alimentação e outros custos. O
importante era começar o
curso. O tempo passa e você
não consegue realizar o que
deseja", disse Andrade.
Marcia Carvalho, 23, começou como recepcionista
em um hospital de São Paulo. Gostou tanto do ambiente
que depois se tornou auxiliar
de enfermagem. Hoje, trabalha em uma clínica particular o dia todo e faz à noite o
curso superior de enfermagem, que dura quatro anos,
também na São Marcos, com
financiamento.
Ela afirma que prestou
atenção nos juros. "Não tenho medo de dívida. Penso
que daqui a quatro anos vou
estar formada e ganhando
mais. O que é pagar R$ 200
para quem ganha R$
4.000?", disse Carvalho.
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