São Paulo, segunda-feira, 11 de junho de 2007

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"O que é pagar R$ 200 para quem vai ganhar R$ 4.000?", diz estudante

DA REPORTAGEM LOCAL

Seis em cada dez estudantes que aderem ao crédito educativo privado para estudar trabalham.
Há nove anos nos Correios, Fábio de Souza Andrade, 29, começou na estatal como operador de triagem. Depois, foi trabalhar no setor de recursos humanos, na organização dos campeonatos internos. Tomou gosto pela organização de jogos, que acontecem geralmente aos sábados e domingos, e decidiu estudar gestão de esporte na São Marcos.
Como a mensalidade de R$ 685 da faculdade consumiria metade de seu orçamento, resolveu procurar um financiamento educativo. Assumiu então uma dívida fixa de R$ 349,45 mensais, reajustada pelo IPCA, por quatro anos -o dobro da duração do curso.
"Não é só pagar a mensalidade. Tem transporte, alimentação e outros custos. O importante era começar o curso. O tempo passa e você não consegue realizar o que deseja", disse Andrade.
Marcia Carvalho, 23, começou como recepcionista em um hospital de São Paulo. Gostou tanto do ambiente que depois se tornou auxiliar de enfermagem. Hoje, trabalha em uma clínica particular o dia todo e faz à noite o curso superior de enfermagem, que dura quatro anos, também na São Marcos, com financiamento.
Ela afirma que prestou atenção nos juros. "Não tenho medo de dívida. Penso que daqui a quatro anos vou estar formada e ganhando mais. O que é pagar R$ 200 para quem ganha R$ 4.000?", disse Carvalho.


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