O crescimento de 5,8% da economia no primeiro trimestre é sinal de que, mesmo com as altas taxas de juros, o empresariado brasileiro expande seus investimentos. O maior interesse dos fundos de "private equity" (de investimento e participações) no Brasil também mostra que as empresas ainda têm fôlego para crescer mais.
Marcelo Gomes, diretor-geral da consultoria Alvarez & Marsal, diz que, com o grau de investimento, o potencial é ainda maior. O aumento dos investimentos diretos dos fundos de "private equity" vai beneficiar, principalmente, companhias brasileiras de médio porte.
"As empresas de médio porte são a bola da vez no mercado internacional", afirma Gomes.
No ano passado, os fundos de "private equity" foram os responsáveis por cerca de 20% do total de investimentos diretos no Brasil, que foi de R$ 35 bilhões. Gomes estima que, em 2008, o total salte para R$ 50 bilhões e que a participação dos fundos deva passar de R$ 7 bilhões para R$ 10 bilhões -um incremento de 43%.
Comparando com os outros Brics, o Brasil ainda tem um nível menor de participação dos fundos de "private equity" no total de investimentos diretos. O percentual da China é de 30%. "O percentual aqui está bom, mas ainda temos potencial para crescer", diz Gomes.
O diretor da consultoria também diz que as grandes companhias brasileiras vão se beneficiar com o grau de investimento, ainda que, na prática, algumas já tenham começado a usufruir dos benefícios proporcionados pela boa classificação.
As grandes companhias brasileiras vão partir para as aquisições no exterior, de acordo com a previsão do consultor da Alvarez & Marsal.
Sobre o valor das empresas brasileiras, Gomes rebate as críticas de que os ativos brasileiros estão caros.
"A forma mais correta de avaliar uma empresa é por projeção futura. As empresas brasileiras têm mais potencial de crescimento do que as americanas e européias porque nossa taxa de consumo está crescendo", afirma Gomes.

Trailer de livro vira estraté gia de market ing nos Estados Unidos

O mercado de livros nos EUA está investindo em uma nova ação de marketing: o trailer do livro, segundo reportagem do "Wall Street Journal".
Para ajudar a vender, escritores aceitam postar vídeos no YouTube falando de lançamentos e personagens, incentivados pelas editoras. Acima, o escritor Vince Flynn participa do trailer de seu livro "Protect and Defend". Autores de best-sellers como Meg Cabot, do infantil "Diário da Princesa", editado no Brasil pela Record, e Jodi Picoult, de "Nineteen Minutes", já estrelaram trailers.
Alguns convidam diretores famosos. A nova fórmula, porém, parece ter pouco impacto. A reportagem do "WSJ" mostra obras que, apesar dos trailers -cujas produções custam cerca de US$ 2.000-, não venderam mais de 3.000 exemplares. Muitas vezes não se espera alta de vendas, segundo Carolyn Reidy, presidente da Simon&Schuster, que já dobrou os investimentos em trailers desde que começou a produzir em 2007. "Pode estimular a compra do próximo livro", diz.

ATÉ O BAGAÇO
O custo de geração da biomassa, gerada como resíduo de processos para energia, como o aproveitamento do bagaço da moagem e extração do álcool, chega a ser quase a metade do custo de outras fontes de energia não-poluentes, como a eólica e o biogás, segundo estudo da consultoria Andrade & Canellas. Para Cyro Boccuzzi, diretor da Andrade & Canellas, "a matéria-prima básica usada no processo já está disponível a custo zero e a emissão de poluentes é menor".

Brasileiro gasta R$ 25 bi em juros no 1º tri

As famílias brasileiras gastaram mais de R$ 25 bilhões só para pagar os juros dos empréstimos que contraíram no primeiro trimestre deste ano, para fazer frente ao seu consumo, que totalizou R$ 412 bilhões no mesmo período. Os cálculos são da Fecomercio.
A despesa representa um terço de todo o consumo varejista estimado para 2007 na cidade de São Paulo, em R$ 75 bilhões.
Se as taxas de juros tivessem se mantido nos mesmos padrões do último trimestre de 2007, as famílias teriam despendido cerca de R$ 1,4 bilhão a menos do que pagaram de fato. Isso significa que houve um gasto adicional de 0,4% de todo o volume de consumo apenas como conseqüência do aumento da taxa média de juros praticada pelo mercado entre janeiro e março deste ano.

VINIFICAÇÃO
Será lançado, na próxima segunda, o "Manual Didático do Vinho: Iniciação à Enologia" (Editora Anhembi Morumbi, 624 págs.), de Daniel Pinto. Com linguagem didática, o livro reúne informações sobre todo o processo, desde a escolha da uva e a produção até a degustação da bebida. Fala também sobre métodos de cultivo, podas e clima.

NA CARGA
A Gol investirá R$ 78 milhões no seu Centro de Manutenção de Aeronaves do Aeroporto Internacional Tancredo Neves. Hoje, Aécio Neves, Constantino de Oliveira Júnior e o presidente da VRG Linhas Aéreas, Marco Antonio Piller, assinam protocolo para quase duplicar a área do centro.

CONSELHO
O BIS (Banco de Compensações Internacionais) acaba de criar seu Conselho Consultivo para as Américas, integrado pelos presidentes dos BCs da região. O primeiro presidente é Martín Redrado, do BC argentino. O órgão servirá para a comunicação entre as autoridades monetárias.

BASTÃO
O presidente da Abinee, Humberto Barbato, é o novo presidente da Associação Latino-Americana da Indústria Elétrica e Eletrônica.

URÂNIO
A primeira carga de urânio enriquecido no Brasil vai ser instalada hoje na Usina Angra 2. Trata-se do 27º elemento combustível de uma série de 56 que compõem a sexta recarga de Angra 2. Nele foram utilizados cerca de 33 mil quilos de pó de urânio enriquecido a, aproximadamente, 4%. Desse total, 750 quilos foram enriquecidos no Brasil.

COFRINHO
A poupança da Caixa fechou maio com captação líquida de R$ 634 milhões. Com o resultado, a Caixa atingiu, em 2008, R$ 3,32 bilhões de captação líquida positiva, superando R$ 80 bilhões em saldo de depósitos. Em 2007, o banco fechou a captação líquida em R$ 10,7 bilhões.

LARGADA
O Instituto Ayrton Senna e a Bradesco Seguros e Previdência têm parceria para patrocinar a maratona "Ayrton Senna Racing Day", que acontecerá em SP e em Brasília no segundo semestre.

DOCE DE LEITE
A valorização dos preços dos laticínios nos mercados interno e externo contribuiu para o avanço de 33% no faturamento no primeiro trimestre da Embaré, que também fabrica doces. A linha de laticínios teve participação de 89%.

DIAGNÓSTICO
Luiz Brescia, presidente no Brasil da portuguesa Alert, empresa de informatização de gestão clínica para hospitais e instituições de saúde, que chega ao Brasil nesta semana; seu primeiro contrato no país, com o governo do Estado de Minas Gerais, vai implantar seu software em hospitais da rede pública; a empresa, que em 2007 faturou 23,6 milhões, neste ano espera alcançar 50 milhões; com operações na Europa, Ásia e América do Norte, a expectativa, segundo Brescia, é que a operação brasileira esteja entre as maiores da empresa no mundo ainda neste ano