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Indústria não vê freada, e comércio teme efeito do juro
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O segmento que mais contribuiu para a expansão do
PIB no trimestre, a indústria,
atingiu um estágio de "crescimento com qualidade" e,
ao menos até o segundo semestre, não deverá ser abatida pelo ciclo de elevação dos
juros, segundo analistas.
"Eu me surpreendo com a
capacidade da indústria para
resistir aos efeitos do câmbio
e dos juros, embora alguns
setores acabem sofrendo
mais", diz o diretor do Departamento de Pesquisas
Econômicas da Fiesp, Paulo
Francini.
Na avaliação da economista Isabela Nunes Pereira,
coordenadora da pesquisa
sobre produção industrial do
IBGE, a indústria passa por
um ciclo de crescimento
mais sólido. Ela aponta a expansão do setor de bens de
capital, indicador de que há
maior disposição dos empresários para investir. No primeiro trimestre deste ano, o
segmento teve crescimento
de 17,3%. "Não há elementos
para afirmar que os juros vão
de fato prejudicar o ritmo de
crescimento da indústria.
Por outro lado, temos maiores desembolsos do BNDES
para financiar investimentos
nas plantas industriais, e a
confiança do empresário
ainda se mantém em alta."
Do lado do comércio, a
projeção para o resto do ano
vem mais carregada de pessimismo. Para o economista
da Associação Comercial de
São Paulo, Marcel Solimeo,
as próximas rodadas do
Copom devem resultar em
novas elevações dos juros.
"Isso vai ter impacto negativo no crédito", afirma.
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