São Paulo, quarta-feira, 11 de junho de 2008

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Indústria não vê freada, e comércio teme efeito do juro

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O segmento que mais contribuiu para a expansão do PIB no trimestre, a indústria, atingiu um estágio de "crescimento com qualidade" e, ao menos até o segundo semestre, não deverá ser abatida pelo ciclo de elevação dos juros, segundo analistas.
"Eu me surpreendo com a capacidade da indústria para resistir aos efeitos do câmbio e dos juros, embora alguns setores acabem sofrendo mais", diz o diretor do Departamento de Pesquisas Econômicas da Fiesp, Paulo Francini.
Na avaliação da economista Isabela Nunes Pereira, coordenadora da pesquisa sobre produção industrial do IBGE, a indústria passa por um ciclo de crescimento mais sólido. Ela aponta a expansão do setor de bens de capital, indicador de que há maior disposição dos empresários para investir. No primeiro trimestre deste ano, o segmento teve crescimento de 17,3%. "Não há elementos para afirmar que os juros vão de fato prejudicar o ritmo de crescimento da indústria. Por outro lado, temos maiores desembolsos do BNDES para financiar investimentos nas plantas industriais, e a confiança do empresário ainda se mantém em alta."
Do lado do comércio, a projeção para o resto do ano vem mais carregada de pessimismo. Para o economista da Associação Comercial de São Paulo, Marcel Solimeo, as próximas rodadas do Copom devem resultar em novas elevações dos juros. "Isso vai ter impacto negativo no crédito", afirma.


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