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MERCADO FINANCEIRO
Com baixo giro ontem, Bovespa não se livra de contágio externo; dólar fecha em queda de 0,1%
Bolsa segue EUA e fecha em baixa de 1,2%
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bovespa acompanhou a instabilidade internacional e caiu
1,22%. O giro financeiro continuou baixo e ficou, ontem, em R$
448,489 milhões. Segundo operadores, neste mês deverá haver,
novamente, forte saída de investimentos estrangeiros da Bolsa.
O que falta ao mercado de ações
nacional é fluxo de recursos. E,
para analistas, essa situação não
deverá mudar no curto prazo. Internamente, é bastante reduzido o
número de aplicações em Bolsa.
Os seguidos escândalos financeiros internacionais, com grandes corporações maquiando seus
balanços, fazem com que o investidor estrangeiro esteja com aversão ao mercado de ações global.
Assim, a Bovespa está praticamente à mercê das operações das
tesourarias de grandes bancos.
A partir de hoje, empresas nacionais começam a divulgar seus
balanços, o que deverá trazer alguma agitação ao mercado.
Mas ontem foi um dia de relativa tranquilidade até, especialmente para o mercado cambial.
Segundo analistas, investidores
aguardam pelos resultados obtidos por Armínio Fraga, presidente do Banco Central, em sua viagem aos EUA.
A especulação é que ele possa
estar costurando uma ajuda extra
para o Brasil, com recursos vindos tanto do setor privado internacional como do FMI.
O dólar caiu 0,11%, para R$
2,851. O BC não vendeu moeda
diretamente ao mercado, mas
ofertou leilão de linha de financiamento externo. Emprestou US$
100 milhões ao mercado com recompra em outubro.
Na semana passada, o BC informou que, para aumentar a liquidez do mercado, faria intervenções diárias de US$ 50 milhões. O
montante poderia ser ofertado via
leilão de linha externa ou via venda direta da moeda. Como não
havia atuado na terça-feira, feriado em São Paulo, decidiu leiloar
os US$ 100 milhões ontem.
O dólar registrou sua maior alta
do dia, de 0,39%, ontem momentos após o anúncio da agência de
classificação de risco Moody's,
que rebaixou sua avaliação em
moeda local para cinco bancos
brasileiros, com perspectiva negativa. Unibanco, Banco do Brasil, BNDES, Itaú e Bradesco foram
afetados. A preocupação da
Moody's é o aumento do risco
Brasil. O indicador, medido pelo
JP Morgan, fechou em alta de
1,2%, em 1.630 pontos ontem.
(ANA PAULA RAGAZZI)
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