São Paulo, quarta-feira, 11 de agosto de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Bolsa de SP registra valorização de 2,24%; dólar fecha vendido a R$ 3,029, em baixa de 0,36%

Fed e petróleo tranqüilizam o mercado

DA REPORTAGEM LOCAL

A trégua dada pelo petróleo e a decisão do Fed (o banco central dos EUA) de elevar os juros para 1,5% anuais levaram alívio ao mercado financeiro ontem. As principais Bolsas de Valores subiram. O dólar fechou em baixa diante do real, e os títulos da dívida brasileira registraram alta no exterior.
Internamente, o resultado da primeira prévia do IGP-M, que veio abaixo das expectativas, ajudou a dar um tom positivo ao mercado.
A Bolsa de Valores de São Paulo encerrou o pregão de ontem com valorização de 2,24%. Apenas uma das 54 ações que formam o Ibovespa -a principal referência da Bolsa paulista- fechou com queda. Foi a ação ON da Telemar, que recuou apenas 0,1%.
Na Bovespa, rumores de que o governo decidiu preparar um pacote de socorro financeiro para o setor aéreo fizeram com que a ação preferencial da Varig disparasse 13,6%.
Com o mercado menos tenso, o Tesouro Nacional vendeu quase R$ 2 bilhões em títulos prefixados (LTNs, Letras Financeiras do Tesouro) com vencimento em abril de 2005. O governo pagou uma taxa um pouco acima da registrada no leilão da semana passada. A taxa paga nas LTNs foi de 17,59%. Na semana passada, a taxa havia ficado em 17,48%.
Apesar de taxas maiores nos EUA serem ruins para os países emergentes, a elevação ontem dos juros de 1,25% para 1,5% não teve reflexo negativo porque já era esperada pelo mercado. Ou seja, os ativos já estavam ajustados a essa nova taxa americana.

Câmbio
O dólar encerrou o dia com baixa de 0,36%. A moeda norte-americana foi vendida a R$ 3,029.
Com a proximidade do resgate de títulos cambiais que não foram renovados pelo governo, o dólar deve sofrer alguma pressão hoje. O BC renovou menos de 20% do lote de US$ 1,529 bilhão em dívida cambial que está vencendo.
No mercado internacional, os títulos da dívida brasileira registraram alta: o Global 40 subiu 0,70%, e os C-Bonds, 0,33%.
Na Bolsa de Mercadorias & Futuros, as taxas dos contratos mais longos subiram um pouco. No contrato DI (que segue as taxas interbancárias) com prazo em abril, o segundo mais negociado, a taxa foi de 17,35% para 17,43%.
(FABRICIO VIEIRA)


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