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ECONOMIA GLOBAL
Arrecadação sobe em julho e registra melhor resultado para o mês; rombo no ano fiscal pode ser menor
Déficit fiscal dos EUA fica abaixo do esperado
DA REDAÇÃO
Os Estados Unidos tiveram déficit fiscal abaixo do esperado em
julho, com o aumento da arrecadação. O buraco ficou em
US$ 52,79 bilhões no mês passado, ante US$ 69,16 bilhões em julho de 2004.
A arrecadação subiu para US$
142,09 bilhões -o melhor resultado já registrado para um mês de
julho-, ante US$ 134,42 bilhões
no mesmo mês do ano passado. Já
os gastos caíram de US$ 203,58 bilhões em julho de 2004 para US$
194,88 bilhões no mês passado.
É provável que os Estados Unidos registrem neste ano fiscal (de
outubro de 2004 a setembro de
2005) um déficit público menor
que o do ano passado, quando ficou em US$ 396,32 bilhões. Até
agora, o déficit acumulado neste
ano fiscal é de US$ 302,59 bilhões.
Já o déficit comercial, no entanto, deve ter aumentado em junho,
segundo pesquisa com economistas realizada pela Reuters. A diferença entre importações e exportações deve ficar em US$ 57,3 bilhões, ante US$ 55,35 bilhões em
maio. A alta se deve ao aumento
do preço do petróleo e ao dólar
mais forte, que torna as exportações americanas menos atraentes.
As vendas no varejo têm sido
um dos fatores mais importantes
para o crescimento da economia
dos EUA. Os produtos importados baratos contribuem para o
aumento do consumo interno,
mas também ajudam a aumentar
o déficit comercial.
O resultado da balança comercial em junho nos Estados Unidos
será divulgado amanhã.
O mercado tem se concentrado
mais nos dados conjunturais da
economia americana, que mostram ritmo de crescimento forte,
o que também está ajudando na
recuperação do dólar ante o euro.
No final do ano passado e começo deste ano, porém, os investidores estavam mais preocupados
com os problemas estruturais da
economia dos Estados Unidos
-principalmente com os chamados "déficits gêmeos", fiscal e em
conta corrente-, o que levou a
valorização do euro.
O presidente dos EUA, George
W. Bush, defendeu ontem a política econômica de seu governo, ao
dizer que seu país estava "crescendo mais rápido que qualquer
outra nação industrializada" e citando a criação de 200 mil empregos em julho.
Bush disse que havia "desafios à
economia", como os altos preços
do petróleo, o sistema de saúde e
o déficit fiscal, mas que o governo
está agindo para corrigi-los. "Estamos adiantados para cortar o
déficit [fiscal] pela metade até
2009", disse.
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