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Dólar recua para R$ 2,16, menor cotação desde maio
Intervenção do BC não evita queda de 0,37% da moeda; risco-país vai a 210 pontos
Descoberta de plano de
ataque terrorista afeta
Bolsas na Europa, mas nos
EUA e no Brasil mercado
acionário fecha em alta
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Passado o estresse do começo dos negócios, em razão da
descoberta de plano de ataque
terrorista, o real não encontrou
empecilhos para retomar sua
tendência de apreciação. Mesmo com a intervenção do Banco Central, o dólar comercial
recuou a seu mais baixo nível
desde 16 de maio e fechou vendido a R$ 2,16.
A queda de 0,37% de ontem
fez a moeda acumular desvalorização de 1,05% na semana.
"Os leilões do BC não vão segurar a queda da moeda. Somente se o cenário voltar a piorar muito lá fora, como em
meados de maio, o real deve
deixar de se apreciar", diz Mário Battistel, diretor da corretora Novação. "Uma outra forma
de o dólar deixar de recuar seria
o BC cortar de forma expressiva os juros. Mas todos sabem
que isso não vai acontecer."
Apesar de as projeções coletadas pela autoridade monetária com cerca de cem instituições financeiras apontarem a
expectativa de que o dólar estará em R$ 2,20 no fim de 2006,
os analistas não descartam a
possibilidade de a cotação cair
abaixo do atual patamar nas
próximas semanas.
No começo de maio, o dólar
chegou a R$ 2,056, em seu mais
baixo nível desde 2001.
O BC fez ontem leilão para
comprar dólares das instituições financeiras, como tem feito praticamente todos os dias
nas últimas semanas. Operadores disseram que a autoridade
monetária recusou as taxas pedidas por muitos bancos e adquiriu moeda de apenas cinco
instituições.
Quem não conseguiu vender
para o BC voltou ao mercado e
se desfez das divisas, não dando
chances para o dólar subir.
O risco-país brasileiro chegou ao fim das operações a 210
pontos (alta de 1%).
Insegurança afeta Bolsas
O mercado financeiro abriu
ontem refletindo a notícia de
que a polícia de Londres evitou
um plano de ataque terrorista,
que explodiria pelo menos dez
aviões.
Na Europa, a insegurança
que esse tipo de evento traz
acabou por derrubar as Bolsas
de Valores. Em Londres, a baixa foi de 0,63%. Em Frankfurt,
a Bolsa caiu 1,26%, e em Paris o
recuo foi de 0,97%.
Já Bovespa acompanhou o
sobe-e-desce do mercado norte-americano. Depois de cair
0,88%, a Bolsa paulista fechou
em alta de 0,26%.
Nos Estados Unidos, o índice
Dow Jones subiu 0,44%, e a
Bolsa eletrônica Nasdaq,
0,56%.
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