São Paulo, terça-feira, 11 de agosto de 2009

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Bolsa avança 0,9% e atinge maior nível em um ano

Mercados caem no exterior; dólar sobe e vai a R$ 1,85

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar das perdas no mercado internacional, a Bolsa brasileira iniciou a semana em terreno positivo. A alta de 0,89% de ontem levou a Bovespa aos 56.830 pontos, seu mais elevado nível em um ano.
Mais um dia de ganhos levou a apreciação acumulada de 2009 a 51,34%. Se 2009 estivesse em seu fim, teria sido o segundo melhor ano da década, atrás apenas dos 97,3% de alta registrados em 2003.
A continuidade no fluxo de capital externo para o mercado de ações doméstico tem permitido que a Bolsa mantenha o ritmo forte. Até o dia 5, o saldo das operações dos investidores estrangeiros na Bovespa ficou positivo em R$ 1,15 bilhão. Em todo o mês passado, o balanço ficou positivo em R$ 2,2 bilhões. Isso significa que os estrangeiros estão comprando volume de ações brasileiras superior às vendas que têm feito.
No pregão de ontem, o fluxo externo manteve-se favorável. Segundo operadores, as ações da Braskem foram beneficiadas ontem pelo apetite estrangeiro. Há a expectativa de que a empresa, que apresenta seu balanço amanhã, tenha tido bom resultado trimestral.
O movimento levou os papéis PNA da Braskem a terminarem o dia no topo das valorizações, com ganhos de 10,71%.
A maioria das companhias de maior peso do índice Ibovespa também encerrou o dia em alta: BM&FBovespa ON subiu 2,76%; Petrobras PN ganhou 0,31; e Vale PNA, 0,12%.
No setor bancário, as atenções ficaram voltadas para Itaú Unibanco. A instituição financeira apresenta seu balanço do primeiro semestre hoje. No primeiro trimestre deste ano, o novo banco teve lucro de R$ 2,562 bilhões. O Bradesco registrou lucro de R$ 4,02 bilhões entre janeiro e junho.
A ação preferencial do Itaú Unibanco terminou com alta de 1,03%. O papel PN do Bradesco ganhou 0,98%. E Banco do Brasil ON subiu 0,40%.
No mercado europeu, os bancos tiveram destino contrário: caíram e prejudicaram as Bolsas. Em Londres, onde a Bolsa fechou com baixa de 0,20%, destaque para as quedas dos papéis do Lloyds, que registraram depreciação de 4,03%, e os do Royal Scotland Bank, que perderam 3,58%.
Os pregões nos EUA também foram de baixa. O índice Dow Jones recuou 0,34%, e a Nasdaq perdeu 0,40%.
A agenda econômica vai esquentar nos próximos dias, o que tende a trazer mais oscilações ao mercado financeiro.
Hoje, importantes indicadores serão conhecidos na China. Para amanhã, analistas e investidores aguardam a reunião do Fomc (comitê do BC dos EUA que define os juros).
Ninguém espera que haja surpresa para a taxa de juros norte-americana, que deve ser mantida na atual faixa de zero a 0,25% anual. Mas o que tende a agitar os mercados é a nota a ser divulgada pelo Fomc após seu encontro. O documento pode trazer sinais sobre o futuro dos juros no país.
Com o cenário externo menos animado, o dólar acabou por interromper sua rota de baixa. Ontem, a moeda dos EUA encerrou vendida a R$ 1,85, após apreciação de 1,54%.
Na semana passada, o dólar ameaçou romper o piso de R$ 1,80. No mês, a moeda norte-americana ainda acumula baixa, de 0,80%.


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