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Bolsa avança 0,9% e atinge maior nível em um ano
Mercados caem no exterior;
dólar sobe e vai a R$ 1,85
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar das perdas no mercado internacional, a Bolsa brasileira iniciou a semana em terreno positivo. A alta de 0,89% de
ontem levou a Bovespa aos
56.830 pontos, seu mais elevado nível em um ano.
Mais um dia de ganhos levou
a apreciação acumulada de
2009 a 51,34%. Se 2009 estivesse em seu fim, teria sido o segundo melhor ano da década,
atrás apenas dos 97,3% de alta
registrados em 2003.
A continuidade no fluxo de
capital externo para o mercado
de ações doméstico tem permitido que a Bolsa mantenha o
ritmo forte. Até o dia 5, o saldo
das operações dos investidores
estrangeiros na Bovespa ficou
positivo em R$ 1,15 bilhão. Em
todo o mês passado, o balanço
ficou positivo em R$ 2,2 bilhões. Isso significa que os estrangeiros estão comprando
volume de ações brasileiras superior às vendas que têm feito.
No pregão de ontem, o fluxo
externo manteve-se favorável.
Segundo operadores, as ações
da Braskem foram beneficiadas
ontem pelo apetite estrangeiro.
Há a expectativa de que a empresa, que apresenta seu balanço amanhã, tenha tido bom resultado trimestral.
O movimento levou os papéis
PNA da Braskem a terminarem
o dia no topo das valorizações,
com ganhos de 10,71%.
A maioria das companhias de
maior peso do índice Ibovespa
também encerrou o dia em alta:
BM&FBovespa ON subiu
2,76%; Petrobras PN ganhou
0,31; e Vale PNA, 0,12%.
No setor bancário, as atenções ficaram voltadas para Itaú
Unibanco. A instituição financeira apresenta seu balanço do
primeiro semestre hoje. No primeiro trimestre deste ano, o
novo banco teve lucro de
R$ 2,562 bilhões. O Bradesco
registrou lucro de R$ 4,02 bilhões entre janeiro e junho.
A ação preferencial do Itaú
Unibanco terminou com alta
de 1,03%. O papel PN do Bradesco ganhou 0,98%. E Banco
do Brasil ON subiu 0,40%.
No mercado europeu, os bancos tiveram destino contrário:
caíram e prejudicaram as Bolsas. Em Londres, onde a Bolsa
fechou com baixa de 0,20%,
destaque para as quedas dos
papéis do Lloyds, que registraram depreciação de 4,03%, e os
do Royal Scotland Bank, que
perderam 3,58%.
Os pregões nos EUA também
foram de baixa. O índice Dow
Jones recuou 0,34%, e a Nasdaq perdeu 0,40%.
A agenda econômica vai esquentar nos próximos dias, o
que tende a trazer mais oscilações ao mercado financeiro.
Hoje, importantes indicadores serão conhecidos na China.
Para amanhã, analistas e investidores aguardam a reunião do
Fomc (comitê do BC dos EUA
que define os juros).
Ninguém espera que haja
surpresa para a taxa de juros
norte-americana, que deve ser
mantida na atual faixa de zero a
0,25% anual. Mas o que tende a
agitar os mercados é a nota a
ser divulgada pelo Fomc após
seu encontro. O documento pode trazer sinais sobre o futuro
dos juros no país.
Com o cenário externo menos animado, o dólar acabou
por interromper sua rota de
baixa. Ontem, a moeda dos
EUA encerrou vendida a R$
1,85, após apreciação de 1,54%.
Na semana passada, o dólar
ameaçou romper o piso de
R$ 1,80. No mês, a moeda norte-americana ainda acumula
baixa, de 0,80%.
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