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O VÔO DA ÁGUIA
Importação cai pela 1ª vez em 11 meses, após queda do petróleo
Déficit comercial dos EUA diminui
DA REDAÇÃO
O déficit comercial norte-americano caiu mais que o esperado
em julho, graças ao primeiro recuo das importações em 11 meses.
Apesar da melhora, porém, os
US$ 50,1 bilhões que saíram dos
EUA significaram o segundo pior
resultado da história, atrás somente do resultado de junho.
O rombo na balança comercial
caiu em julho 8,9% em relação aos
revisados US$ 55 bilhões do mês
anterior, valor abaixo das expectativas de mercado. Analistas estimavam, em média, que o número
ficasse em US$ 51,75 bilhões.
"O considerável "buraco" comercial diminuiu um pouco, mas
é tão grande que não podemos ficar felizes", disse o analista Joel
Naroff, do instituto de previsões
de mesmo sobrenome.
A queda de 1,4% na compra de
bens e serviços do exterior em relação ao mês anterior foi explicada pelo menor preço pago pelo
barril do petróleo, US$ 33,28, e
pela redução na demanda da
commodity. Foi o primeiro recuo
na cotação após oito meses seguidos de alta. Em junho, o preço
médio do barril comprado fora de
US$ 33,76, o maior em 20 anos.
As exportações continuaram a
crescer (3%) e atingiram US$ 95,8
bilhões em julho, com destaque
para as vendas de carros, aviões e
computadores. As importações
ficaram em US$ 146 bilhões -segundo maior valor da história.
O rombo comercial é parte de
um dos entraves à atual fase de recuperação da economia americana. Os chamados déficits gêmeos
(fiscal e em conta corrente, no
qual entra a balança comercial)
têm atingido níveis recordes, ao
redor de 5% do PIB, o que torna o
país dependente de investimentos
estrangeiros para financiá-lo.
A questão é explorada também
na corrida à Casa Branca. O candidato democrata às eleições de
novembro, John Kerry, acusa o
presidente George W. Bush de
não ter feito o suficiente para proteger os trabalhadores americanos de uma concorrência supostamente injusta e de baixos salários de outros países.
A perda de fôlego nas cotações
do petróleo também ajudou a melhorar os preços no atacado em
agosto, que caíram 0,1%, após um
aumento de 0,1% no mês anterior.
O núcleo do PPI (Índice de Preços
ao Produtor), que exclui os voláteis itens de alimentos e energia,
também recuou 0,1%, o primeiro
declínio em seis meses.
Os preços de energia subiram
0,2%, ante 2,3% em julho.
Com agências internacionais
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